Rock In Rio

Político e crítico, show do Capital Inicial atrai multidão

Banda realizou, ainda, uma homenagem ao grupo Charlie Brown Jr.

Gustavo Sampaio / Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

RIO DE JANEIRO – Tom político, crítico, nostálgico, contemplativo. Até o momento, a apresentação da banda Capital Inicial foi a primeira banda nacional a mostrar diversas nuances em sua mais de uma hora de show, indo de uma homenagem em um verso à uma citação política em outro. Dinho Ouro Preto,como grande roqueiro, pulou, correu, vibrou e convidou toda a plateia ao show, nesta que foi a primeira apresentação do Palco Mundo desse sábado (14).

Capital Inicial agitou a segunda noite do festival.

A apresentação do Capital Inicial começou como qualquer outra do quarteto vista em qualquer canto do Brasil: com os hits de “praxe”, com “Fátima” e “Depois da Meia-Noite”, abrindo tudo. Se “Natasha” e “Mulher de Fases”, esta da banda Raimundos, presente do último disco ao vivo do Capital Inicial, prometiam mais do mesmo e a mesma recepção calorosa e franca dos fãs, e com as canções mais novas trazendo um retorno frio e morno do público, como “O Lado Escuro da Lua”, foi a “carta na manga” do grupo de Dinho que chamou mais à atenção.

Homenagem e crítica

A versão acústica de “Só Os Loucos Sabem” acentuavam, ainda mais, a presença de homenagens nesta edição do Rock In Rio (que já havia contado com tributos ao Cazuza e Raul Seixas, sem esquecer das versões executadas pela Orquestra Sinfônica Brasileira). “Pedindo ajuda” ao público, Dinho cantou os versos da faixa, mostrando que, em meio aos artistas, a presença do grupo também era essencial (Chorão e Champignon, dois integrantes do grupo, morreram este ano).

Muita agitação e rock no segundo dia.

Apesar da melancolia criada pela homenagem, houve vez ao teor político, típico de grupos brasilienses. “Saquear Brasília”, dedicada aos políticos, foi uma bala certeira:empolgou a plateia, serviu de “ataque” de Dinho ao deputado Natan Donadon e, ainda, reforçou o tom politizado desta parte da apresentação com Dinho colocando um nariz de palhaço e desabafando que, se alguém queria dedicar a música a algum político, era só fechar os olhos. Muitos fecharam.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.