Rock in Rio 2013

"Girl Power" de Alicia Keys é apresentado no RIR

A plateia não foi das mais animadas na apresentação.

Gustavo Sampaio/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

RIO DE JANEIRO – A escolha do setlist é uma peça fundamental da engrenagem que é se apresentar em um grande festival. Primeira vez em uma edição do Rock In Rio, a cantora norte-americana Alicia Keys tentou priorizar a verve soul e R&B, característica de seus álbuns, e propôs, em mais de uma hora, um punhado de hits (e vários “quase-hits”) para tentar empolgar quem ainda se divertiria no “dance futurista” de Timberlake horas mais tarde. Apesar do talento inegável, Keys somente “quis”. Apesar do inúmero esforço.

Ir de “Karma” a “You Don’t Know My Name” é compreensivo, mas o clima arrastado que se instaurou com a apresentação de “Listen To Your Heart” deixou uma brecha que só foi recuperada com a entrada de Maria Gadú (em sua segunda participação no Palco Mundo, depois de participar do Tributo ao Cazuza), na exuberante canção “Fallin’”. Antes disso, o marasmo de “Unthinkable” e “Try Sleeping With A Broken Heart”, ambas do fraco disco “Element Of Freedom”, causou estranheza ao público, que já começava a dispersar. A trinca “When It’s All Over”, “Limitedless” e “Unbreakable” também foram na mesma maré. A onda só mudou de curso já no finalzinho, quando os megahits “If I Ain’t Got You” e “No One” foram apresentados.

A força negra estadunidense de Keys se tornava gigante quando ela encarava o piano. Longe dele, a cantora não conseguia a mesma eficiência e sempre dava a impressão de que teria um desempenho semelhante a de cantoras que já haviam passado pelo palco, como Beyoncé e Jessie J. Mas Alicia Keys não era nenhuma delas. Portanto, atender ao exigente público foi difícil, mas houve quem recebeu bem a levada de hip-hop de “New Day”, que foi seguida do hit arrasa-quarteirão no Brasil: “Girl On Fire”. O término, que foi do soft jazz de Frank Sinatra à versatilidade rap de Jay-Z, colocou todos pra cantarem o poderoso refrão de “Empire State of Mind”. Soou forçado. E isso ficou bem nítido na ausência de bis por parte do público.

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