Saúde

Vitrificação: uma solução para a infertilidade?

Técnica tornou-se uma realidade para pacientes inférteis que desejam ter filhos.

Na Mira, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39
(Foto: Reprodução / Internet)

Para muitos casais, o sonho da gravidez não chega a se tornar realidade. Estima-se que exista, aproximadamente, 250 000 casais inférteis no Brasil. Define-se infertilidade como a incapacidade de alcançar a gravidez após um ano de tentativas frequentes sem o uso de métodos contraceptivos.

Nestes casos, o casal deve buscar ajuda profissional. No entanto, com o avanço da medicina reprodutiva, há possibilidades de vencer muitas das barreiras causadas pela infertilidade com métodos bastante inovadores.

De acordo com o ginecologista especialista em Reprodução Humana Dr. Renato de Oliveira, a vitrificação é a técnica mais moderna de congelamento de oócitos (gameta feminino), espermatozoides e embriões.

“O congelamento de oócitos é realizado pela técnica de vitrificação a qual possui maior segurança na preservação, inclusive no descongelamento para posterior uso. Como os oócitos são estruturas sensíveis ao processo de congelamento e descongelamento, esta rápida técnica de congelamento protege sua estrutura e composição, predominantemente formada por água, diminuindo a chance de dano às estruturas do gameta”, explica.

Além de ser indicada para mulheres que planejam engravidar tardiamente por fatores sociais e pessoais, a técnica também pode ser realizada por mulheres diagnosticadas com câncer e que tenham que passar por quimioterapia e/ou radioterapia, tratamentos que costumam comprometer a fertilidade feminina.

“Nesses casos, a preservação da fertilidade é fundamental para pacientes jovens que, após superarem a luta com o câncer, tem o direito de constituírem uma família. Mulheres com histórico familiar ou diagnóstico de insuficiência ovariana precoce, antigamente denominada menopausa precoce, ou que tenham que ser submetidas a cirurgias que possam comprometer a função ovariana, como a de endometriose, também devem receber o aconselhamento sobre a possibilidade de congelar seus gametas”, reitera o ginecologista.

O especialista ainda ressalta que o ideal, no caso das mulheres, é que o congelamento seja feito até os 35 anos de idade, pois os resultados são melhores. “Se a mulher tem mais de 35 anos e não pensa em ter filhos nos próximos anos, é essencial que converse com seu médico para avaliar a possibilidade de criopreservação”, finaliza.

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