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Pergentino Holanda
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Pergentino Holanda

PH Revista traz a festa de Marília Arrais

E mais: “Vamos Festejar” no Convento

PH

Atualizada em 11/07/2025 às 12h09
Um dos destaques da edição do PH Revista deste fim de semana é a festa dos 30 anos da médica anestesista Marília Arrais Garcia, que é vista com o namorado Franklin Malta

“Vamos Festejar” no Convento

Finalmente chegou o diam ais esperado das férias de julho em São Luís. Começa nesta sexta-feira, no Convento das Mercês, no Centro Histórico desta Capital, a edição 2025 do “Vamos Festejar”.

Do evento, participação os mais bonitos grupos folclóricos do Maranhão, além de outros atrativos apoiados pela deputada federal Roseana Sarney, com realização da Fundação da Memória Republicana Brasileira.

Neste primeiro fim de semana, a programação se estende de hoje (sexta-feira) a domingo, sempre a partir das 18h e terá continuidade nas duas semanas seguintes, ou seja: nos dias 17, 18, 19 e 20 e nos dias  24, 25, 26 e 27 de julho.

O projeto reafirma-se como um dos maiores encontros culturais do período junino estendido, transformando o Centro Histórico de São Luís em um verdadeiro palco da tradição popular.

Festas e Festanças do Maranhão

É importante lembrar que no começo da tarde será inaugurada uma das atrações especiais do evento no Convento das Mercês: a exposição “Festas e Festanças do Maranhão”, assinada pelo artista plástico Airton Marinho.

A mostra ficará em cartaz durante todo o período do “Vamos Festejar”, na Galeria Dila.

E é composta por 30 obras em xilogravura, técnica milenar que o artista domina com excelência, retratando em traços únicos manifestações como o tambor de crioula, sotaques de bumba meu boi e danças, promovendo um verdadeiro mergulho visual nas tradições populares e na diversidade cultural maranhense.

O milagre de unir o Brasil

Por ter blefado e sido obrigado a recuar na primeira fase de sua insana guerra comercial, ninguém tem certeza se desta vez o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levará a cabo a ideia de impor ao Brasil a maior tarifa das já anunciadas nesta etapa do jogo.

Prevista para valer a partir de 1º de agosto, a taxação de 50% dos produtos brasileiros é tão absurda quanto inconsistentes são os argumentos usados na carta que parece escrita pelo chatGPT com comandos ditados por um adolescente confuso.

Na carta, Trump mistura seus “sentimentos” pessoais com negócios de Estado. Mostra que desconhece a separação entre poderes e o funcionamento do sistema judicial brasileiro.

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Mais grave do que isso, mente sobre a situação da balança comercial. Desnecessário repetir que nos últimos anos o Brasil compra mais do que vende para os EUA. Logo, se desequilíbrio existe, não é para o lado dos EUA.

Trump invoca a imposição de barreiras protecionistas que só ele enxerga. Nota-se, pelo teor da carta, que não consultou nem os diplomatas americanos, nem os empresários que compram produtos brasileiros. Do que aparenta ser o verdadeiro motivo da sua ira, não fala diretamente, só insinua: a reunião do Brics e a crescente aproximação do Brasil com a China, esse sim um país que tem relação comercial desequilibrada com os Estados Unidos.

Ao desrespeitar a soberania brasileira e ameaçar a economia de um país com quem os EUA negociam há dois séculos, Trump pode produzir o milagre de unir o Brasil que se preocupa com o futuro do seu povo. União essa não em torno do presidente Lula, mas de uma causa, a da proteção dos interesses nacionais.

Tarifa de Trump e empregos

Especialistas apontam que a sobretaxa de 50% imposta por Trump pode prejudicar mais de dez mil exportadoras nacionais, com impacto direto em setores como aeronaves, autopeças e carnes.

A iniciativa contraria regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e pode enfraquecer uma parceria de mais de 200 anos.

A tarifa americana sobre siderurgia e produtos metálicos pode afetar exportações para os EUA, reduzindo a competitividade para empresas locais e impactando arrecadação e empregos na região.

O medo masculino de falhar

Nada ameaça mais o imaginário masculino do que brochar. Porque, para o homem, falhar ali é falhar em tudo. É ver desmoronar o personagem que ele foi treinado para interpretar desde menino: o macho que domina, que resolve e que sustenta tudo sozinho – inclusive uma ereção.

Não por acaso, o Brasil alcançou o recorde de 64 milhões de caixas de tadalafila vendidas em um único ano. Em 2015, segundo a Anvisa, esse número mal passava dos 3 milhões – ou seja, a venda da pílula contra impotência cresceu 20 vezes em uma década. Para psiquiatras e urologistas, não é uma epidemia de disfunção erétil. É uma epidemia de pavor. Pavor de reprovar no teste do homem viril.

O curioso é que nunca se falou tanto, e com razão, sobre a urgência de uma masculinidade menos encenada, menos controladora, menos obcecada em parecer forte o tempo todo. Mas, ainda assim, basta um tropeço na cama para o cidadão, coitado, não servir mais nem para abrir um pote de palmito.

Brochar não é só motivo de vergonha, mas de invalidação: um atestado de que ali, naquela noite, naquele corpo, faltou o que se espera de “um homem de verdade”.

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Só que o machismo se sustenta exatamente nessa ilusão – da potência permanente, da autoridade que não hesita, da virilidade como prova de valor.

Se a ambição é construir uma sociedade menos machista, não há como fazer isso sem permitir que um homem frustre expectativas. E sem que ele possa admitir medo, insegurança, fragilidade.

Aliás, quando um homem reconhece que é vulnerável, que pode falhar, ele não está apenas sendo honesto consigo mesmo. Está derrubando, por dentro, talvez o pilar mais robusto do patriarcado, que é o mito do macho invencível.

Quer dizer: não dá para criticar a lógica do desempenho, do sexo como troféu, do cara que só pensa no próprio prazer e, ao mesmo tempo, cobrar que ele entre em campo a qualquer momento.

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Antes que alguém pergunte, é claro que já aconteceu com quase todo mundo. E é terrível não só por decepcionar quem está junto, mas pela sensação esmagadora de se sentir menos homem.

É como se estivéssemos traindo um papel que nos ensinaram desde cedo – porque não pode um homem negar fogo.

É como se a existência masculina dependesse disso. Como se falhar fosse deixar de pertencer, de fazer parte do clubinho dos machos.

Talvez, no fim das contas, a pergunta não seja por que tantos homens tomam tadalafila. Mas por que, em 2025, ainda é tão insuportável ver um homem falhar.

Do forno à mesa

Acompanhar o calendário gastronômico é sempre uma satisfação. Algumas das datas representam a cultura de um país inteiro, de um hábito muito consistente e de um valor identitário enraizado socialmente.

O Dia Mundial da Pizza, celebrado em 10 de julho, está entre elas. Cada prato narra uma história. E informações sobre a origem podem não ocupar o imaginário das pessoas. Mas é fato que, ao pedirmos um delivery ou escolhermos uma pizzaria para conhecer ou revisitar, corroboramos com a consolidação de uma refeição que surgiu há séculos.

Dados recentes da Associação Pizzarias Unidas do Brasil (Apubra) estimam que cerca de 1,9 milhão de pizzas são produzidas por dia no país.

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O padrão como conhecemos atualmente surgiu em Nápoles, no sul da Itália. Ao longo dos anos, recebeu reinterpretações e inovações, agregando ingredientes, formatos e modos de preparo. Com receitas clássicas e autorais, o sabor agrada diferentes paladares, demonstrando o poder que boas combinações têm.

Não à toa, os brasileiros estão entre os principais consumidores do mundo e o mercado expande, com fatias vegetarianas, veganas e sem glúten.

O marco, portanto, é uma homenagem aos pizzaiolos, à criatividade culinária, à inclusão alimentar, às tradições, à geração de empregos, à gastronomia democrática, à mesa farta. Transcende o disco de massa.

É um fenômeno global afetivo e econômico.

Outro flagrante de Marília Arrais Garcia: entre os amigos Claudiana e Kleber José Moreira Lopes

DE RELANCE

Setenta anos depois...

No dia 26 de julho, o mundo do cinema vai comemorar os 70 anos de um filme que foi fracasso de público e de crítica quando estreou, mas depois se tornou uma obra de culto.

Trata-se de O Mensageiro do Diabo (The Night of the Hunter, 1955), de Charles Laughton, atualmente disponível no Amazon Prime Video e na plataforma Belas Artes à La Carte.

Esse foi o primeiro e, diante da frustrante recepção, último longa-metragem solo dirigido por Laughton (1899-1962), inglês que ganhou o Oscar de melhor ator por Os Amores de Henrique VIII (1933), concorreu ao mesmo troféu por O Grande Motim (1935) e Testemunha de Acusação (1957) e realizou em parceria com Irving Allen e Burgess Meredith, Fugitivo da Guilhotina (1949).

O roteiro escrito por James Agee, indicado à premiação da Academia de Hollywood como coautor do script de Uma Aventura na África (1991), baseia-se no romance homônimo publicado em 1953 por Davis Grubb – que, por sua vez, se inspirou em uma história real: a de Harry Powers, enforcado em 1932 após ser sentenciado pelo assassinato de duas viúvas e três crianças no Estado da Virgínia Ocidental, nos EUA.

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Rebatizado como Harry Powell, o personagem principal de O Mensageiro do Diabo é interpretado por Robert Mitchum (1917-1997), que tem aqui um de seus grandes desempenhos, lado a lado com Fuga do Passado (1947) e Círculo do Medo (1962).

Trata-se de um assassino serial misógino que se autoproclamou reverendo. Nas suas conversas com Deus, aponta que o Todo-Poderoso tolera assassinatos (“Seu livro”, a Bíblia, “está cheio deles”), mas “odeia coisas com cheiro de perfume, coisas rendadas, coisas com cabelos encaracolados”.

Sob esse disfarce, tal qual um Lobo Mau em pele de cordeiro, Powell vai se aproximar da viúva de um ex-companheiro de cela condenado à morte, a garçonete Willa (Shelley Winters, oscarizada como coadjuvante na década de 1960 por O Diário de Anne Frank e Quando Só o Coração Vê), e dos filhos pequenos, John (Billy Chapin, que encerrou a carreira quatro anos depois) e Pearl (Sally Jane Bruce, em seu único papel). Antes de ser preso, o tal sujeito, Ben Harper (encarnado por Peter Graves, que depois ganharia fama como protagonista do seriado Missão Impossível), escondeu em casa uma bolada de dinheiro. Só as crianças sabem onde estão os US$ 10 mil roubados (quantia equivalente a cerca de US$ 210 mil hoje).

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Entre os fãs de O Mensageiro do Diabo, estão os críticos da mítica revista francesa Cahiers du Cinèma, que em 2008 listaram o título de Charles Laughton como o segundo melhor de todos os tempos, atrás apenas do eterno Cidadão Kane (1941), de Orson Welles.

As tatuagens de Harry Powell ganharam status de ícone (e passaram a ser copiadas ou parodiadas), assim como o discurso do vilão sobre a luta entre o Bem e o Mal.

O cineasta Spike Lee reverenciou o personagem em Faça a Coisa Certa (1989): encarnado por Bill Nunn, Radio Raheem tem em cada mão um soco inglês, com a palavra “love” na direita e “hate” na esquerda, e profere um diálogo muito semelhante ao original.

Descontos indevidos

Prazo para pedir ressarcimento do INSS começa hoje.

Pagamentos se iniciam a partir de 24 de julho. Ministro da Previdência e presidente do instituto detalharam cronograma, valores e adesão

Aposentados e pensionistas que contestaram descontos indevidos de mensalidades de associações e sindicatos podem, a partir de hoje, aderir ao acordo proposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para receber o ressarcimento. Os pagamentos começam em 24 de julho.

A informação foi dada ontem pelo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e pelo presidente do INSS, Gilberto Waller, em entrevista coletiva.

Antonio José Lago, cuja voz enche de melodia muitos atos religiosos nas igrejas de São Luís, prestou homenagem especial a Marília Arrais Garcia, cantando na bela festa que celebrou os 30 anos de idade da médica anestesista

Para gravar na pedra:

“Tudo quanto vive, vive porque muda; muda porque passa; e, porque passa, morre. Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa, constantemente se nega, se furta à vida”. Do poeta português Fernando Pessoa.

TRIVIAL VARIADO

Missa da Esperança: será no próximo domingo, às 10 horas, na Igreja Nossa Senhora da Paz, no Parque Shalom, a celebração, pelo sétimo dia do seu falecimento, da Missa em memória do músico Carlindo Soares Gomes Filho, um dos fundadores da Banda CDC.

Educação: inscrições ao Fies para este semestre começam segunda-feira. São 44 mil vagas para financiar graduação em faculdades privadas.

Cultura: ABL elege Ana Maria Gonçalves, primeira mulher negra a virar imortal. Livro da nova acadêmica venceu Prêmio Casa de las Américas.

Tensão diplomática: Lula defende reciprocidade contra tarifaço de Trump e cogita recorrer à OMC. Presidente cobrou respeito à soberania do Brasil. Governo não deve retaliar antes de 1º de agosto e busca atribuir responsabilidade à oposição.


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