PH Revista: Aventura na Arábia Saudita
E mais: Senac na Expo Indústria
UMA viagem à Arábia Saudita numa época em que é grande a tensão no Oriente Médio, provocada pela guerra entre Israel, Palestina e Irã, é, acima de tudo, um ato de coragem que, para João Batista Garcia, a esposa Thelma Arrais e a filha Marília, valeu como aventura perigosa mas com um resultado de observação estética esplendorosa, como bem atestam as imagens que são destaque de Capa da edição do PH Revista deste fim de semana
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Uma Batalha Após a Outra
É difícil não se impressionar com Uma Batalha Após a Outra, novo filme de Paul Thomas Anderson, em cartaz desde o começo desta semana nos cinemas de São Luís.
Atraídos por esse novo e badalado projeto do diretor norte-americano que sempre se reinventa, um grupo formado por Ana Lúcia Albuquerque e Amaro Santana Leite, Melina e Luiz Carlos Cantanhede Fernandes e este Repórter PH nem se deu conta da duração de 2h e 40min no conforto da sala vip do Cinépolis, do São Luís Shopping.
Desta vez, Paul Thomas Anderson foi além: construiu uma obra de ação grandiosa, com discussões políticas inflamadas, mas que nunca abre mão de entreter. Ele mostra que é possível unir espetáculo e reflexão, sem que um sacrifique o outro.
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A premissa parte de um terreno clássico, quase mítico: Bob Ferguson (Leonardo DiCaprio), ex-revolucionário conhecido no passado como “Ghetto Pat”, precisa sair da aposentadoria para salvar sua filha, sequestrada por um velho inimigo que ressurge após 16 anos.
O enredo poderia se limitar ao drama pessoal, mas Anderson vai além. O resgate funciona como motor narrativo para abordar algo maior: o extremismo político contemporâneo, tanto de correntes liberais quanto conservadoras, revelando a paranóia e a fragilidade de movimentos que se autoproclamam donos da verdade.
O mais impressionante é como o filme, apesar de lidar com temas pesados, nunca perde o ritmo. Muitos longas com essa duração se perdem em excesso, mas aqui tudo se mantém coeso. O espectador não sente o tempo passar porque cada sequência acrescenta algo novo: seja uma camada ao protagonista, seja uma crítica social, seja uma cena de ação que parece saída de um épico moderno.
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Esse equilíbrio só é possível porque Anderson não se limita a um único tom. Quando o tema ameaça ficar denso demais, o diretor injeta humor, ironia e até absurdos que funcionam como válvula de escape.
A ação, por sua vez, surge como espetáculo visual, mas também como comentário: cada batalha é metáfora para a luta interna de personagens que oscilam entre ideologia e sobrevivência.
O investimento da Warner Bros. foi arriscado. Com orçamento estimado em 170 milhões de dólares, havia o temor de repetir o desastre de Mickey 17, de Bong Joon-ho, outro projeto autoral bancado pelo estúdio que não rendeu nem bilheteria nem aplausos da crítica.
A diferença é que Anderson entrega aqui um filme que é grandioso em escala, mas também íntimo em propósito. É entretenimento de massa, mas sem abrir mão de personalidade.
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Nos bastidores, o caminho até a estreia não foi simples. O filme não passou por festivais, teve exibições-teste e enfrentou adiamentos que alimentaram rumores de problemas na produção. O medo era que Anderson tivesse perdido a mão. Mas Uma Batalha Após a Outra desmente qualquer desconfiança: não só manteve o controle criativo como entregou o maior projeto da sua carreira.
A parte técnica é um espetáculo à parte. A fotografia de Michael Bauman constrói imagens que traduzem paranoia e frenesi. Não é apenas estética: cada plano reforça a atmosfera de urgência que envolve Bob Ferguson. A trilha sonora de Jonny Greenwood, é igualmente fundamental. Seus arranjos, cheios de tensão e mistério, dialogam com a edição de Andy Jurgensen, criando momentos em que música e imagem parecem pulsar no mesmo compasso. É como se o som fosse uma extensão da câmera.
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O elenco também merece destaque. Leonardo DiCaprio entrega uma das atuações mais completas de sua carreira recente. Seu Bob é um homem dividido entre a glória passada e a fragilidade presente. No auge da juventude, ele parecia um herói revolucionário; anos depois, é um pai cansado, descrente, que só encontra motivação ao perceber que sua filha corre perigo.
DiCaprio transita entre esses dois polos com naturalidade, mostrando tanto o fervor idealista do passado quanto o medo humano do presente.
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Sean Penn surpreende como o coronel Lockjaw. O personagem poderia ser apenas uma caricatura de extremista, mas o ator constrói alguém repleto de contradições: um homem que precisa reafirmar sua virilidade e posição política o tempo todo, como se tentasse convencer a si mesmo.
É uma atuação densa, que adiciona camadas a um papel que, em mãos menos experientes, seria raso.
Teyana Taylor também brilha como Perfidia Beverly Hills, ainda que seu arco inicial tenha menos desenvolvimento do que poderia. O relacionamento entre ela e Bob, por exemplo, surge de forma apressada, e isso fragiliza parte da transição entre o primeiro e o segundo ato.
Essa é talvez a maior falha do filme: a pressa em estabelecer elementos do passado para chegar rapidamente ao presente. Mas, ainda que esse trecho soe acelerado, Anderson compensa com a força das atuações e com o que vem depois. O impacto dramático não se perde.
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Chase Infiniti, em sua estreia no cinema, consegue se destacar mesmo dividindo tela com gigantes. E ainda há participações de peso como Benicio del Toro e Regina Hall, que, mesmo em papéis menores, fortalecem a trama. Anderson sabe usar cada ator como peça de um tabuleiro maior, em que ninguém está ali por acaso.
Outro mérito está na coragem de abordar temas que muitos preferem evitar. Extremismo político, imigração e até a noção de paternidade como responsabilidade e renúncia aparecem no roteiro. Anderson não toma partido, mas também não se esconde atrás da neutralidade. Ele mostra os dois lados com ironia, revelando absurdos e contradições. Ao mesmo tempo, injeta humanidade em figuras que poderiam ser apenas símbolos ideológicos.
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Se Uma Batalha Após a Outra não é perfeito, é porque nenhum filme realmente é. Há pressa na exposição inicial e talvez algumas cenas pudessem ser mais enxutas. Mas essas imperfeições se diluem diante da grandeza da obra. Anderson entrega não apenas um épico de ação, mas também uma reflexão sobre o tempo em que vivemos.
No fim, o longa é um retrato do presente disfarçado de espetáculo. É sobre a fragilidade de heróis e vilões, sobre como ideologias podem se tornar prisões, e sobre como, em meio a tudo isso, ainda resta espaço para afeto, humor e redenção. É cinema em grande escala, feito para provocar e entreter ao mesmo tempo.
Uma Batalha Após a Outra é um daqueles raros trabalhos que conseguem unir inteligência, emoção e espetáculo, deixando claro que Paul Thomas Anderson ainda tem muito a dizer – é que, quando dizem que o cinema está em crise, basta um filme assim para provar o contrário.
DE RELANCE
Ways Bilingual School em São Luís
Na noite de quarta-feira (1º), a Ways Bilingual School realizou cerimônia de lançamento de sua primeira unidade no Maranhão, a terceira do país.
A solenidade ocorreu no hotel Blue Tree, no Calhau, e reuniu autoridades, empresários, imprensa e sociedade civil.
Com obras em andamento, a previsão é que a escola seja inaugurada nos primeiros meses de 2026, no bairro Araçagi, em São José de Ribamar (MA), município que faz parte da Região Metropolitana de São Luís.
No lançamento, a diretora e mantenedora da Ways na Grande São Luís, Marta Melo, educadora há 25 anos, reforçou que o propósito da escola é preparar crianças para o futuro, oferecendo uma educação bilíngue de excelência, humana, inovadora e conectada ao mundo.
A unidade vai oferecer Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais em tempo integral, das 8h às 16h.
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A Ways Bilingual School é a rede de franquias de formação integral bilíngue do grupo Arco Educação, maior ecossistema de educação básica da América Latina, com forte presença no Maranhão por meio do sistema de ensino SAS e outras soluções educacionais.
Por isso, a cerimônia foi prestigiada também por representantes do grupo, estando presentes o CEO, Ari de Sá Neto, o vice-presidente de produto, João Cunha, e a diretora de franquias, Juliana Zero.
Ao final da solenidade, os representantes do grupo Arco presentes no evento, os mantenedores da Ways na Grande São Luís, Marta e Wesley Melo, e os profissionais responsáveis pela obra, o arquiteto Eduardo Longhi e o engenheiro Álvaro Novais, realizaram o descerramento da placa da franquia para marcar oficialmente o início de um novo momento para a educação na cidade e em seu entorno.
Cerimônia de casamento
O grande acontecimento social deste sábado (4), em São Luís, é a realização do casamento de Letícia, filha de Mateus Coelho e Núbia Cutrim) e Daniel Neto (filho de Daniel Albuquerque Filho e Valéria Baptista).
A cerimônia será realizada, pontualmente, às 15h45, na rua Curuzu, número 15, no bairro do Turu.
Senac na Expo Indústria
O Senac Maranhão está presente na 6ª edição da Expo Indústria Maranhão, que acontece até o dia 5 de outubro, das 17h às 22h, no Multicenter Sebrae, no Cohafuma.
A instituição preparou uma programação especial que une educação, tecnologia, negócios e gastronomia, alinhada à temática do evento: “Inteligência Artificial, a nova revolução”
No espaço institucional, compartilhado com o Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, o público tem acesso a atividades práticas como elaboração de currículos com apoio da IA, orientação de carreira, demonstrações de assistentes inteligentes e soluções de CRM desenvolvidas com inteligência artificial.
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O Restaurante-Escola do Senac tem um stand próprio dentro da Marapão – Feira de Panificação, onde promove oficinas gratuitas de gastronomia, sempre das 19h às 21h.
As oficinas de panificação são conduzidas pela professora Thaynara Gaspar, com os temas Pães artesanais e Arte em pães.
Já as oficinas de confeitaria ficam a cargo dos professores Jorge Lucas e Thiara Betânia, com as receitas Pudim de cupuaçu e rocambole de buriti e Sobremesa sem açúcar, sem lactose e sem glúten.
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Além das experiências nos stands, o Senac Maranhão também marca presença no Maranhão Fashion Week, um dos mais importantes eventos de moda do estado.
O convite para participar desta edição veio após o grande sucesso do Backstage da Moda, realizado em 2024 pela instituição, que destaca novos talentos e consolidou o Senac como referência em formação e inovação no setor.
O desfile aconteceu na sexta-feira (03), e apresentou a coleção “Singularidades em Cena”, um projeto inclusivo que já emocionou a plateia durante o Congresso de Educação Sesc/Senac, realizado este ano.
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O desfile contou com a participação de modelos com deficiência (PCD) e trouxe peças desenvolvidas com foco em acessibilidade, inclusão e diversidade, reforçando a moda como um espaço de expressão, representatividade e transformação social.
Dividida em três eixos, a coleção contempla roupas funcionais em jeans adaptadas para pessoas com deficiência física; modelagens confortáveis e sensoriais voltadas para pessoas neurodivergentes; e criações inspiradas na diversidade afro-indígena e étnico-racial, valorizando a identidade e ancestralidade.
Mais do que estilo, cada look carrega histórias, lutas e vozes, reafirmando a moda como uma manifestação de respeito, autonomia e potência das diferenças.
O escândalo do metanol
O Brasil atravessa uma daquelas tragédias silenciosas que só se tornam visíveis quando a morte bate à porta de gente comum.
De repente, descobre-se que uma caipirinha tomada num bar de esquina pode custar a visão. Que um gole de vodca pode ser a última lembrança lúcida de um trabalhador no fim do expediente. Que, entre tintas e vernizes, há também copos servidos sem nota, sem fiscalização e sem vergonha.
É o escândalo do metanol, uma crise que desnuda não apenas falhas de fiscalização, mas sobretudo a forma como nos acostumamos à precariedade.
Para escrever na pedra:
“Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito”. De Machado de Assis.
TRIVIAL VARIADO
Boletim Infogripe: a covid-19 foi a principal causa de óbitos por SRAG causada por vírus nas últimas quatro semanas epidemiológicas.
Meio ambiente: o Brasil lançará protocolo para proteger mulheres em desastres na COP 30. Iniciativa está sendo elaborada com a ONU Mulheres.
Organização Pan-Americana: A vacinação de países vizinhos também impacta o Brasil, diz Opas. Solidariedade é fundamental em áreas como a imunização.
Cuidados: diante dos recentes casos de intoxicação por methanol no Brasil, entidades que representam restaurantes e bares do Maranhão se mobilizam para tranquilizar clientes e garantir a procedência de bebidas alcóolicas.
Guerra e paz: Hamas aceita libertar reféns e entregar gestão da Faixa de Gaza. Grupo terrorista se antecipou a ultimato dos EUA e concordou com pontos centrais do plano de paz. Trump pediu que Israel interrompa bombardeios.
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