Livro

Autor utiliza cenário de tensão dos primeiros meses de 1914 para construir obra histórico-policial

"O Olho de Gibraltar", do escritor Sergio P. Rossoni, é ambientada no Norte da África.

Evandro Júnior / Na Mira

Capa do livro (Foto: Divulgação)

Quando um dirigível prussiano é destruído na fronteira entre a Argélia e o Marrocos, o ex-combatente britânico Benjamin Young se envolve em um esquema de espionagem internacional nos meses que antecedem a Primeira Guerra Mundial. Ao testemunhar o assassinato de um agente egípcio que carregava uma substância química desconhecida, o homem conhecido como “O Olho de Gibraltar”, apelido que dá nome ao livro de Sergio P. Rossoni, estará no centro de uma rede de conspirações.

Em um contexto geopolítico instável, o protagonista é movido por seu senso de justiça e começa a se envolver com personagens complexos e desafiadores, como Namira Dhue Baysan, uma figura apaixonante e perigosa que imerge em um jogo de sedução com Benjamin; Umar Yasin, um guerreiro berbere um grupo indígena do Norte da África , cuja lealdade contrasta com o ambiente hostil da trama; e Klotz Von Rosenstock, que orquestra planos para defender a supremacia prussiana. Cada um deles esconde segredos que se revelam aos poucos, e esses mistérios incentivam o leitor a desconfiar até mesmo de quem parece ser aliado do britânico.

Cenas de introspecção, intimidade e romance acontecem paralelamente aos grandes conflitos causados por diferentes países. Enquanto Benjamin e Namira enfrentam as dores e as felicidades de um romance intenso, eles vivenciam um contexto de guerra, com batalhas aéreas, perseguições pelo deserto e reuniões secretas. Os personagens são pessoas que buscam vínculos e familiaridade mesmo quando o mundo corre perigo a todo instante.

Formado em História e autor de romances histórico-policial, Sergio P. Rossoni constrói a realidade na trama de uma maneira que os personagens, apesar de fictícios, são constantemente impactados por situações que aconteceram no início do século XX. Com precisão de detalhes, o romance apresenta a colonização no Norte da África, as crises no Marrocos e nos Bálcãs, as rotas comerciais e até mesmo pessoas reais, como Hupert Lyautey, militar francês e primeiro residente geral do Protetorado Francês no Marrocos, em 1912.

“Estudar este período e as consequências das decisões políticas dos grandes líderes, que acabaram culminando no maior conflito da nossa história, foi uma tarefa grandiosa e envolveu profissionais que se dedicam à pesquisa e à busca por documentos bibliográficos e iconográficos. A minha intenção, porém, não foi a de escrever um romance histórico preciso dos eventos que marcaram a humanidade, mas, sim, contar uma história fictícia de aventura, romance e espionagem que pudesse passar ao leitor o espírito, o clima e os sentimentos deste período tão conturbado”, explica o escritor.

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