ATENAS - A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Atenas manteve a tradição de emocionar os expectadores espalhados ao redor do mundo. No Estádio Olímpico, cerca de 70 mil pessoas - torcedores, autoridades, artistas e, claro, atletas - tiveram o privilégio de assistir ao vivo a festa preparada pelos gregos para marcar oficialmente o início da 28ª edição dos Jogos.
Pela televisão, estima-se que o evento foi acompanhado por aproximadamente quatro bilhões de pessoas no planeta.
A cerimônia começou com a apresentação de um vídeo com imagens da Grécia no telão do estádio. Em seguida, músicos entraram em cena, tocando instrumentos de percussão gregos e dando início à festa. Um foguete foi atirado na água que cobre o centro do gramado e acendeu os cinco anéis olímpicos com 52 metros de circunferência cada.
Logo depois, um menino grego de nove anos atravessou a água no centro do estádio Olímpico num barco de papel estilizado. Levando a bandeira do seu país na mão, juntou-se a Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Gianna Angelopoulos, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, e Costantinos Stephanopolous, presidente da Grécia. O hino nacional do país anfitrião foi entoado por um coro masculino e o símbolo oficial do evento apareceu de novo no telão.
Um centauro, misto de homem e cavalo, lançou um dardo iluminado, dando surgimento a uma alegoria de 17 metros de uma enorme máscara cicládica, primeira representação do homem em mármore. Ao som da sinfonia número três de Gustav Mahler, formas matemáticas foram projetadas nos pedaços desfeitos, revelando uma escultura de corpo humano por dentro. Nos 18 fragmentos suspensos, apareceram imagens mostrando a diversidade étnica do mundo. Por fim, pousaram na água representando as ilhas gregas.
Atletas brasileiros de 13 esportes participam da festa
Ao som do DJ Triesto, o desfile das delegações começou com o atleta grego Pyrros Dimas, tricampeão olímpico de levantamento de peso, levando uma bandeira do país. Em seguida, apareceram os representantes de Santa Lúcia, primeira delegação a entrar no estádio - o desfile seguiu a ordem do alfabeto grego.
A delegação brasileira foi a 31ª a entrar das 202 participantes e recebeu muitos aplausos dos gregos. Em sua sexta participação nas Olimpíadas, o velejador Torben Grael foi o porta-bandeira.
- Por mais que você se prepare desde o dia em que sabe que vai ser o porta-bandeira, é uma emoção muito diferente. O estádio é lindo, é uma festa muito bonita - disse Torben.
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Iraquianos são aplaudidos; EUA dividem o público
Nem todos os 246 atletas brasileiros que disputam a competição participaram do desfile. Estavam presentes as equipes de boxe, esgrima, ginástica rítmica, concurso completo de equitação, judô, natação sincronizada, remo, saltos ornamentais, tênis de mesa, vela, vôlei de praia, handebol e vôlei, masculina e feminina destes últimos três esportes.
A entrada da delegação dos Estados Unidos dividiu opiniões no estádio: parte da platéia vaiou os americanos, mas também foram ouvidos aplausos efusivos. Já a delegação do Iraque foi recebida de forma unânime pelo público, com muitas palmas. Foi a maior ovação destinada a uma delegação estrangeira na festa - naturalmente, os competidores gregos foram os mais aplaudidos.
Atleta mais alto dos Jogos, com 2,25m, o jogador de basquete Yao Ming foi o porta-bandeira da China. A delegação do Paraguai desfilou com duas tarjas pretas no pavilhão nacional, em sinal de luto pelos 369 mortos no incêndio ocorrido em um supermercado de Assunção, dia 1º de agosto.
Iatista grego é escolhido para acender a Pira
A exemplo do que aconteceu em Sydney 2000, os competidores da Coréia do Sul e do Norte desfilaram de mãos dadas. Embora os dois países vivam num estado de permanente tensão, os atletas coreanos treinam juntos. Mas as medalhas são computadas separadamente.
Os gregos encerraram o desfile sob imensa ovação do estádio. Carregando bandeiras do país e ramos de oliveira, espalharam-se em torno das outras delegações, envolvendo todos os outros atletas, e depois indo para o centro do estádio.
Em seguida, começou a última parte da cerimônia de abertura, cujo ápice foi o acendimento da Pira Olímpica. O iatista grego Nikolaus Kaklamanakis, medalha de ouro na classe mistral da vela nos Jogos de Atlanta-1996, foi o escolhido para acender a chama dos Jogos. Vários ex-atletas carregando a tocha olímpica correram pelo estádio, até Nikolaus recebê-la e acender a Pira, na forma de uma enorme tocha. A Cerimônia de Abertura foi encerrada por um grande espetáculo de fogos de artifício.
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