SÃO LUÍS - A Grécia vai à "desforra" contra o mundo nesta sexta-feira. A organização dos Jogos Olímpicos pretende sepultar os três anos de bagunça e lentidão a que foi associada e imortalizar as três horas de glória da cerimônia de abertura, a partir das 15h (Brasília).
Logo apresentando o espetáculo, uma alfinetada. Diante dos 55 mil presentes e 4 bilhões de telespectadores, o astro da televisão local Nikos Aliaga entra vestido de uniforme azul de operário, fingindo fazer o último retoque no moderníssimo estádio Olímpico, e exibe no telão uma gravação de três anos atrás, de um taxista dizendo que "Atenas nunca fica pronta".
Dali em diante, a festa faz sua parte, na tarefa de manter a tradição e ser a mais bonita da história -por no mínimo quatro anos, quando acontece a próxima edição do evento. Assim tem sido desde o ursinho Micha em Moscou-80, passando pelo homem-foguete de Los Angeles-84, até a velocista Cathy Freeman surgindo das águas em Sydney-2000.
Os diferenciais da cerimônia vão desde a famosa mitologia grega apresentada com modernos recursos de tecnologia ao desfile das delegações, que segue a ordem do alfabeto grego (San Marino e Venezuela, por exemplo, vêm antes do Brasil).
O show de verdade começa com um espetáculo de luzes. Um lago aparece no centro do estádio e, de dentro da água, surge uma estátua típica das ilhas de Cíclades. Da primeira estátua, vem outra, uma cópia de David, de Michelangelo. Por fim, um homem aparece sobre um cubo, suspenso no centro do estádio.
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Um cometa surge na cobertura do estádio, percorre todo o campo e atinge o centro do lago, formando o símbolo das Olimpíadas. Um garoto passeia pelo lago num barquinho de papel gigante, e o hino grego é cantado por um coral.
A cultura milenar é mostrada por meio do desfile de carros alegóricos, com personagens típicos que vão ganhando vida quando passam por um anjo, suspenso no ar.
Logo depois, o lago gigante seca, para dar lugar ao desfile das delegações, orquestrado pelo DJ holandês Tiesto, um dos mais conceituados do mundo. A cantora islandesa Björk ainda canta a música oficial das Olimpíadas, suspensa no ar, em um vestido com cauda gigante.
O único segredo que os gregos conseguiram manter é o ritual da pira olímpica. Ninguém sabe como será aceso ou quem terá a honra.
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