Invictas, meninas do vôlei encaram os EUA daqui a pouco

Atualizada em 27/03/2022 às 15h00

ATENAS - Apenas dois sets perdidos em cinco partidas. Melhor ataque, melhor defesa, melhor recepção da competição. Com essa ótima bagagem, a seleção feminina de vôlei encara daqui a pouco, às 15:30 os EUA, líderes do ranking mundial, no mata-mata de quartas-de-final dos Jogos de Atenas.

Mata-mata este que é, especialmente, o pior pesadelo do treinador José Roberto Guimarães.

Isso caso ele tenha conseguido dormir, pois tem dito que o "cruzamento", como se refere a este primeiro jogo eliminatório, tem lhe tirado o sono há três semanas, desde que o Brasil conquistou o Grand Prix e passou a centrar esforços na Olimpíada.

"Se não jogarmos a 100%, corremos o risco de perder. Se uma atleta jogar abaixo do normal, a gente pode perder", preocupa-se Zé Roberto, para quem a eliminatória de hoje é o divisor entre uma campanha bem-sucedida ou fracassada na Olimpíada - com a seleção masculina, o treinador foi ouro em Barcelona-92 e quinto colocado em Atlanta-96.

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"Teoricamente, os EUA são o mais fraco dos que passaram no outro grupo, pois foram mal na classificação, perderam da República Dominicana. Mas sabemos que isso não é uma verdade. Conhecemos a força desse time."

Ele lembrou que várias americanas tiveram experiência em campeonatos de alto nível na Itália e no Brasil. Danielle Scott, Tara Cross-Battle, Logan Tom e Keba Phipps já atuaram na Superliga.

Contra os EUA, o Brasil aposta em sua eficácia na recepção (71%), que tem feito a bola chegar "redonda" às mãos de Fernanda Venturini. Como conseqüência, a levantadora tem deixado as atacantes em ótima condição de definir com êxito as jogadas. "Nosso passe tem que continuar preciso. Nosso time tem estatura mediana [1,83 m], então precisa jogar com o passe na mão para imprimir velocidade."

O último encontro entre a seleção de Zé Roberto, vice-líder do ranking mundial, e a de Toshiaki Yoshida, nas semifinais do Grand Prix, teve duas horas de duração, com as brasileiras ganhando no tie-break, por 19 a 17. Desde que o técnico assumiu a seleção, no ano passado, o confronto está Brasil 5 x 1 EUA.

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