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Maranhense da Seleção Brasileira conta como foi sair de São Luís e trabalhar de "flanelinha" antes de realizar sonho

Wesley, que defende o Flamengo, saiu do Maranhão ainda criança e hoje vive melhor fase da carreira.

Eduardo Lindoso / Imirante Esporte

Atualizada em 17/03/2025 às 21h41
Wesley foi eleito o melhor lateral-direito do Brasileirão de 2024 (Rafael Ribeiro/CBF)

SÃO LUÍS - Convocado para a Seleção Brasileira para os duelos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o lateral-direito maranhense, Wesley, do Flamengo, falou sobre sua trajetória até chegar a essa oportunidade de vestir a amarelinha. Em entrevista ao site oficial da CBF, o atleta contou com foi sair de São Luís ainda criança, ter de virar “flanelinha” durante a pandemia, para ajudar os país em Florianopólis; contou também da sua amizade com Gerson, capitão do Flamengo, além, lógico, de falar sobre a emoção de vestir a camisa do Brasil. Em 2024, Wesley, 21 anos, foi eleito o melhor lateral-direito do Campeonato Brasileiro.  O jogador, natural de Açailândia (562 km de São Luís), é o segundo atleta maranhense a ser chamado na “Era Dorival” no Brasil, o outro foi o atacante Galeno, que atualmente joga na Arábia Saudita. 

Em entrevista dada a CBF TV, Wesley revelou as horas de ansiedade no trajeto até Brasília antes de se juntar a seus companheiros e afirmou que seu objetivo é se manter nas listas de convocação do treinador Dorival Jr.

“Confesso que estava muito ansioso. Quando eu acordei e estava me arrumando, passou um filme na minha cabeça, fiquei perguntando para mim mesmo: será que isso é real? É um sonho que eu estou realizando e quero muito vestir a Amarelinha, o que é sonhado por todo jogador. Estou muito ansioso para dar continuidade no trabalho”. 

Ela falou também da sua chegada ao elenco do Brasil. “É bom, porque não me sinto tão sozinho. Cumprimentei todo mundo, estava sentado ali perto do Rodrygo, do Léo Ortiz e do Gerson. Pelo que o Gerson me falou, é um grupo unido, fechado, os caras são resenha, não ficam de cara fechada para quem chega e já deu para perceber isso”.

Wesley contou como é sua amizade com o meia Gerson, também convocado, e companheiro de Flamengo. O Gerson é um paizão pra mim, porque no momento mais difícil ele me abraçou. Eu tava indo pro caminho errado, fui diversas vezes, mas ele não desistiu (de mim) e ficou me puxando: ‘vem pra cá, é por esse caminho’. Às vezes eu não enxergava e saía pra um caminho errado de novo. Aí eu falei: ‘ele se importa mesmo comigo’. E comecei a escutá-lo, a ser mais de família, já comecei a fazer a minha (família) também, e as coisas foram começando a acontecer.

Saída de São Luís e trabalho de “flanelinha” 

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E o jogador falou da sua saída de São Luís. “Saí de São Luís, no Maranhão, com um ano de idade, e fui para Florianópolis, onde fiquei 16 anos. Aí comecei a escolinha de futebol com oito anos, fui para o Figueirense, (mas) fui reprovado três vezes, aos 12, 13 anos. Fui para o Tubarão e fui reprovado também. Treinei mais um ano com meu empresário e voltei para o Figueirense, fui aprovado no começo de 2018 e na metade do ano fui para o tubarão. Aí teve a COVID-19, e falei: logo na minha vez, quando fui aprovado, acabou o futebol, né? Na minha cabeça estava assim, até (o futebol) voltar. Eu já tinha entregado e falado para minha família toda que não queria mais e que queria trabalhar”

E, na sequência, Wesley falou como foi trabalhar como “flanelinha” em Santa Catarina. “Eu tinha parado de jogar futebol e falado que queria trabalhar. Minha mãe é chefe de cozinha e lá tem um restaurante com um estacionamento grande, e eu ficava ajudando lá. Com 16 anos, eu estava trabalhando pra estacionar, cuidar e lavar os carros e não tinha nenhum emprego na cabeça”. 

Mais sobre Wesley 

Wesley Vinícius França Lima, 21 anos, nasceu em Açailândia, no interior do Maranhão, e, ainda criança, mudou com a família para Florianópolis, antes de morar em São Luís. Lá, ele começou sua carreira no Figueirense, mas não vingou e acabou indo para o Avaí.  No Avaí ele também não ficou e acabou indo parar no Atlético Tubarão, clube do interior de Santa Catarina, onde conseguiu ir para o time profissional. Apesar do desempenho ruim do time no Catarinense de 2021, Wesley acabou se destacando e, por meio do seu empresário, o ex-jogador do Flamengo, Sávio, conseguiu um teste na equipe carioca. 

Em pouco tempo ele ganhou uma vaga na equipe sub-20 do Flamengo, assinou um contrato e segue desde 2021 no clube da Gávea, onde se firmou de vez como jogador profissional. 

 

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