Arte

FMRB abre exposição "40 Anos da Democracia - Entre Traços e Cores", de Betto Pereira

Betto Pereira reflete sobre sua vivência pessoal ao criar as obras.

Na Mira

Entre traços, cores, acordes e vozes silenciadas que agora ecoam, a exposição abraça as artes plásticas, ressoa na música e se abre para a inclusão. (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS - No próximo dia 20 de março, a Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) realiza a abertura da exposição “40 Anos da Democracia - Entre Traços e Cores”, com vernissage às 19h. A mostra traz 15 obras inéditas do artista plástico Betto Pereira, que mistura o abstrato e o figurativo para narrar a luta, a resistência e a conquista da liberdade e da democracia no Brasil.

A exposição, que faz parte da programação de celebração dos 40 anos da democracia promovida pela FMRB, reflete, entre traços e cores, sobre a trajetória do processo democrático no país, abordando as tensões e superações que marcaram nossa história recente. As obras, multicoloridas e com forte conteúdo simbólico, convidam o espectador a refletir sobre as lutas do povo brasileiro, especialmente durante o período da ditadura militar e ainda celebrar as vitórias da liberdade e da justiça social garantidas pela transição democrática brasileira.

"40 Anos da Democracia - Entre Traços e Cores" vai além das artes plásticas. A exposição promove um encontro entre a pintura, a música e inclusão. Cada tela é acompanhada por uma composição de Josias Sobrinho, músico e compositor e musicada por Betto Pereira. A exposição também conta com uma tela tátil, com audiodescrição, intitulada “Com os Três Poderes nas Mãos”, que retrata os prédios da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Todas as telas acompanham descrição em braile. A interatividade é outro destaque da mostra, que permite ao público vivenciar um passeio virtual com óculos 3D, proporcionando uma experiência imersiva em uma das telas e seu cenário, explorado em uma visão 360°. Uma das obras da exposição, por sua vez, será restrita a maiores de 18 anos, devido ao seu conteúdo sensível que retrata uma cena marcante da repressão durante a ditadura militar.

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Betto Pereira reflete sobre sua vivência pessoal ao criar as obras: “Essa exposição tem muito a ver com a minha infância. Em 1964, eu tinha 7 anos e morava em Brasília. Presenciei alguns conflitos entre os manifestantes e os militares. De volta a São Luís, testemunhei a luta dos estudantes pela conquista da meia-passagem em 1979, marcada pela forte repressão policial às passeatas e assembleias dos envolvidos. As telas são fotografias do meu olhar, retratam as lutas contra a ditadura, mas também celebram a conquista da nossa democracia”.

Entre traços, cores, acordes e vozes silenciadas que agora ecoam, a exposição abraça as artes plásticas, ressoa na música e se abre para a inclusão, mostrando que a democracia se constrói na expressão de todas as cores, sons e existências.

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