ALCÂNTARA - Foi anunciado, nessa segunda-feira (26) que terão inícios as obras de recuperação do cais interditado no porto Jacaré, em Alcântara, no Maranhão. O local em questão está interditado desde o dia 17 de fevereiro deste ano, após apresentar problemas em sua estrutura.
De acordo com a Aeronáutica, a justificativa da interdição é a de que um pilar, que sustentava as estruturas do atracadouro, havia tombado, ocasionando assim a falta de segurança do porto. Com isso, ficou inviável a realização das atividades rotineiras de embarcação e desembarque da população. A medida foi tomada após uma inspeção da corporação no local.
O porto interditado, que é da Aeronáutica, é o principal porto da cidade e o único que até então estava em funcionamento. Do outro lado do porto, há uma outra plataforma que também deveria fazer o embarque e desembarque de passageiros, mas está parada há dez anos.
Segundo a Prefeitura da cidade, não pode executar nenhum serviço no local e diz que a responsabilidade das obras de reforma em todo o porto é da Aeronáutica, pois faz parte da área do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), administrado pela corporação.
“Como é do CLA, nem o município nem o governo do estado podem inserir qualquer tipo de recurso, infelizmente. O município está correndo atrás somente de recursos para concluir o seu próprio”, disse Nivaldio Araújo, prefeito de Alcântara.
Ainda de acordo com a Prefeitura de Alcântara, durante o período em que o cais estiver interditado, foram disponibilizados ônibus para transportar de graça os passageiros da sede até o Porto do Cujupe, para quem preferir embarcar no ferryboat.
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Meio alternativos apresenta riscos
Como o principal cais do porto do Jacaré está há dez dias parado, a população tem se arriscando na procura por meios alternativos que oferecem riscos. Segundo uma moradora, já houve até acidente envolvendo uma idosa.
“Esse cais tá pra cair. Ontem teve uma idosa que quase caia da lancha na hora de descer porque estava chovendo, muito escorregadio. [A interdição] tem afetado não só a nós, mas toda a comunidade”, disse Célia Régia, dona de um restaurante próximo ao porto.
Os chefes das embarcações acabam optando por utilizar o cais desativado há mais de 10 anos para fazer os embarques e desembarques. Para chegar às embarcações, as pessoas passam por situações insalubres e perigosas.
“Tá bem difícil para os passageiros, correndo risco de se machucar ali e a outra opção é ali na lama”, disse a bilheteira Dora Menezes.
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