Bacabal

Juiz liberta 9 presos por falta de condições da delegacia

Os presos foram liberados na manhã desta sexta-feira (11) e ficarão em regime aberto, sob certas condições.

Louremar Fernandes/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 13h03

BACABAL - Nove presos foram retirados da delegacia do Primeiro Distrito para cumprirem a pena em suas casas. A medida foi tomada pelo juiz Roberto de Paula, da 2ª Vara. Os presos foram liberados na manhã desta sexta-feira (11) e ficarão em regime aberto, sob certas condições.

Na terça-feira, depois de uma inspeção feita na delegacia, o juiz Roberto de Paula determinou ao delegado Regional de Bacabal que, no prazo de 72 horas, apresentasse alternativa de local para a prisão provisória dos presos da 2ª Vara que se encontravam recolhidos na Delegacia do 1º Distrito Policial. Segundo o juiz, a prisão não cumpre o que estabelece a Lei de Execuções Penais.

O delegado Jader Alves, que se encontrava respondendo pela Delegacia Regional, afirmou que conseguiu, por meio da Superintendência da Polícia Civil, dez vagas na Central de Triagem em São Luís. O juiz Roberto de Pádua não aceitou a medida. Segundo ele, na Central de Triagem a situação é pior do que na delegacia de Bacabal.

Durante a manhã, o juiz foi até a delegacia e determinou que as celas onde se encontravam 14 presos fossem abertas para que a imprensa pudesse registrar as condições. Logo depois, foram assinados os alvarás de soltura dos presos.

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Os presos liberados são: Antonio Rodrigues Neto, Domingos Batista Ribeiro, José Herculano da Silva Neto, José Hortencio Pereira, José Nazário, Raimundo Nazário, Raimundo de Oliveira, Raimundo Lopes Viana e Geilson da Silva Araújo.

- Não dá para compactuar dessa tortura institucionalizada. O que o Estado fez foi institucionalizar a tortura – disse o juiz Roberto de Paula.

Se reportando diretamente aos presos liberados afirmou: “os senhores estão sendo soltos não que mereçam. Isso se dá tão somente por causa das condições da unidade prisional de Bacabal. Na hora em que o Estado der condições, os senhores serão recolhidos ao cárcere”.

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