BRASÍLIA - O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) entrou em fase final de testes. Construído na França, o equipamento garantirá a comunicação segura ao governo e levará banda larga para todo o país. A previsão é que o satélite seja lançado em órbita no primeiro trimestre do ano que vem.
Com investimentos de cerca de R$ 1,7 bilhão, o SGDC cobrirá todo o território nacional com uma banda larga de altíssima qualidade, com uma capacidade 60 vezes maior que a dos satélites atuais. Operado pela Telebras, deve entregar entre 58 e 59 gigabytes por segundo. As condições dos equipamentos atuais levam o morador de localidades mais isoladas a pagar 10 a 15 vezes mais em comparação a grandes cidades.
“Esse é o primeiro satélite que vai conseguir levar uma cobertura de alta capacidade para todos os cantos do País”, afirmou Artur Coimbra, diretor de Banda Larga do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações.
Além de melhorar a cobertura da internet, o SGDC dará maior autonomia e segurança para as comunicações das Forças Armadas. Hoje, a comunicação de operações militares é feita em equipamentos controlados por empresas estrangeiras. Outro benefício é o ganho de capacidade e qualidade na comunicação.
“Esse satélite vai oferecer à Defesa um feixe de comunicação também móvel. Esse feixe permite uma cobertura dinâmica, contínua, para operações específicas em determinadas áreas do globo. Por exemplo, se a gente tem uma operação no sul do Oceano Atlântico, a gente consegue levar essa cobertura até lá”, disse Coimbra.
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Testes
Construído em Cannes, na França, o satélite geoestacionário passou por testes iniciais para verificar a qualidade do sistema e por testes ambientais, que consistem na verificação da resistência física do equipamento no espaço. O SGDC passou também por um teste de termovácuo, para simular a temperatura e o alto nível de radiação a que será submetido.
Agora, os técnicos da empresa Thales Alenia Space verificam se o equipamento funciona corretamente após a bateria de experimentos. “Essa etapa ainda não terminou, mas tudo indica que vai ser bem sucedida”, disse Coimbra.
A projeção do governo brasileiro é que o satélite tenha vida útil de 18 anos, três a mais que o previsto. Isso porque, um técnico brasileiro que foi à França para participar de um processo de transferência de tecnologia ao Brasil, conseguiu aumentar a capacidade do tanque de combustível.
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