BRASÍLIA - Especialistas tranquilizam famílias com relação à nova vacina da Pfizer aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, para vacinar crianças entre seis meses e quatro anos. A avaliação da Agência começou em 1º de agosto e recebeu apoio técnico para garantir a celeridade requerida. O infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia de Goiás, Marcelo Daher, explica que o novo imunizante é seguro e ajuda a evitar doenças graves como a pericardite.
“Os estudos de segurança que foram feitos posteriormente saíram e a vacina se mostrou segura e eficaz, eficaz no sentido de garantir proteção para as crianças”, explica o médico. “Os pais podem ficar tranquilos em relação à segurança desta vacina para crianças a partir de seis meses. Ela vem se somar às vacinas que temos no dia a dia, uma vacina para ser utilizada para prevenir formas graves da Covid-19”, tranquiliza.
O Gerente Geral de Medicamentos Biológicos da Anvisa, Fabrício Carneiro, explica que a eficácia e segurança do novo produto de imunização foram garantidas por meio de um conjunto de fatores científicos. “A Anvisa considerou um grande conjunto de dados, entre dados de qualidade e clínicos, obtidos por meio de estudos conduzidos em alguns países”, conta.
“Com base nesses dados enviados à Anvisa, foi considerado que a vacina é segura e eficaz na faixa-etária pretendida”, afirma o especialista. Antes, no Brasil, o uso do imunizante da Pfizer só era permitido em crianças com mais de cinco anos de idade. Já a CoronaVac podia ser aplicada em crianças a partir de 3 anos.
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A vacina para o público de seis meses a quatro anos terá dosagem e composição diferentes. O processo de imunização será em três doses de 0,2 miligramas. As duas doses iniciais deverão ser administradas no intervalo de três semanas, sendo a terceira e última delas aplicada oito semanas após a segunda vacinação.
Para facilitar a rotina na hora da vacinação, tanto dos agentes de saúde, como dos pais, a cor do rótulo e da embalagem da dose é um detalhe importante. Os frascos das vacinas para esse público, de seis meses a quatro anos, virão na cor vinho. Mãe da pequena Ana Beatriz, a dona de casa Leidiane Maria de Alencar, 29 anos, fica aliviada com a notícia da ampliação da imunização para as crianças.
“Estamos muito felizes porque liberou a vacina para a faixa-etária da minha filha, que tem quatro anos, ela vai poder vacinar a primeira dose e vai ser mais uma segurança para a vida dela”, destaca.
Segundo dados do Observatório da Primeira Infância, o Brasil tem registrado, em média, duas mortes de crianças menores de cinco anos por dia desde o início da pandemia, em 2020. De acordo com números do consórcio de veículos de imprensa, mais de 14 milhões de crianças entre 3 e 11 anos estão parcialmente imunizadas.
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