Justiça

Brasil vive "epidemia de violência doméstica", afirma Barroso

Presidente do STF também criticou o "machismo estrutural" no país.

André Richter / Agência Brasil

Atualizada em 12/03/2025 às 20h53
Luís Roberto Barroso, presidente do STF.
Luís Roberto Barroso, presidente do STF. (Gustavo Moreno / STF)

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quarta-feira (12) que o Brasil vive uma “epidemia de violência doméstica”.

A declaração de Barroso foi feita na abertura da sessão do Supremo. Em discurso em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no último sábado (8), o ministro citou os números da violência contra a mulher no país e disse que eles precisam ser enfrentados.

"Ainda temos uma epidemia de violência doméstica e de violência sexual contra as mulheres e precisamos enfrentar", afirmou o ministro.

Barroso também criticou o "machismo estrutural" na sociedade brasileira.

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"O machismo estrutural impõe às mulheres duas grandes dificuldades. Uma divisão sexual do trabalho e um teto de vidro. Uma sociedade em que as mulheres gastam por dia quase três horas a mais que os homens, porque a elas cabem as tarefas de cuidado da família, dos filhos e dos idosos, geralmente, um trabalho não remunerado. O teto de vidro se manifesta nas restrições invisíveis que se impõem às mulheres”, completou.

Ontem (11), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que o número de casos de feminicídio julgados em quatro anos aumentou 225%. 

O número faz parte do novo Painel Violência Contra a Mulher, lançado nesta terça-feira (11) durante sessão do CNJ.

Conforme o levantamento, o crescimento apresentou a seguinte evolução de processos julgados: 2020 (3.375); 2021 (5.351); 2022 (6.989); 2023 (8.863) e 2024 (10.991).

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