DIÁRIO OFICIAL

Lei destina R$ 30 bi para projetos da Defesa Nacional

A medida cria uma exceção no arcabouço fiscal, permitindo que R$ 5 bilhões anuais, de 2026 a 2031

Ipolítica

Plenário do Senado Federal (Jonas Pereira / Agência Senado)

BRASIL - A Lei Complementar 221/2025, que destina R$ 30 bilhões para projetos estratégicos da Defesa Nacional ao longo dos próximos seis anos, foi publicada nesta quarta-feira (19) no Diário Oficial da União. A medida cria uma exceção no arcabouço fiscal, permitindo que R$ 5 bilhões anuais, de 2026 a 2031, sejam investidos fora do limite de gastos.

A nova legislação teve origem no PLP 204/2025, apresentado pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). A proposta foi relatada pelo senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e aprovada pelo Senado em outubro, após negociações com representantes das Forças Armadas.

Investimento estratégico fora do teto de gastos

Com a nova lei, os investimentos destinados às Forças Armadas não contarão para o cálculo do limite fiscal, abrindo espaço para financiar projetos considerados essenciais para:

modernização do sistema de defesa;

desenvolvimento da indústria bélica nacional;

inovação tecnológica;

fortalecimento da base industrial de defesa;

continuidade de programas estratégicos de longo prazo.

Segundo Randolfe Rodrigues, o mecanismo garante previsibilidade orçamentária e cria um ambiente favorável para ampliar a capacidade produtiva do setor.

“O projeto garante pelo menos R$ 30 bilhões para investimentos nos próximos anos, com potencial de dobrar esse volume e fortalecer a base industrial de defesa”, afirmou o relator.

Indústria de defesa e potencial exportador

Durante a votação no Senado, o autor do projeto, senador Carlos Portinho, destacou que o objetivo não é apenas reforçar a segurança nacional, mas também ampliar o potencial de exportação da indústria brasileira de defesa.

Portinho argumentou que o aumento dos investimentos deve impulsionar a produção nacional de equipamentos militares, ampliando a competitividade do Brasil no mercado internacional.

Impactos econômicos esperados

O Senado avalia que, além de fortalecer a defesa, a lei deve gerar:

empregos qualificados;

dinamização da cadeia produtiva;

desenvolvimento tecnológico;

estímulo às empresas estratégicas de defesa.

A medida é considerada um marco para assegurar continuidade a projetos sensíveis, que antes dependiam de liberações irregulares de recursos.

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