BRASIL - A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foi ovacionada de pé durante a sessão plenária de encerramento da COP30, realizada neste sábado (22), em Belém.
Emocionada, ela reafirmou a defesa de um mapa do caminho para superar os combustíveis fósseis, mesmo que o tema não tenha sido incluído nas decisões finais da conferência.
Marina ressaltou que a presidência brasileira da COP, que continuará até a COP31, manterá o assunto como prioridade.
“Tenho certeza de que o apoio que recebeu de muitas partes e da sociedade fortalece o compromisso da atual presidência de se dedicar a elaborar os dois mapas do caminho”, afirmou.
Segundo ela, os planos incluem:
um roteiro para deter e reverter o desmatamento;
um plano global para a transição justa, ordenada e equitativa para longe dos combustíveis fósseis.
Ministra compara COP30 à Rio-92
Em seu discurso, Marina fez um paralelo entre o clima ao fim da COP30 e a Rio-92, marco que inaugurou as conferências climáticas da ONU. Segundo a ministra, nos dois eventos havia a sensação de que faltou ambição, apesar das expectativas de avanços mais robustos.
“Continuamos capazes de cooperar, de aprender e de reconhecer que não há atalhos e que a coragem para enfrentar a crise climática é resultado da persistência e esforço coletivos”, declarou.
Para Marina, há uma linha de continuidade entre os dois momentos, separados por quase quatro décadas.
Avanços modestos, mas compromisso mantido
A ministra reconheceu que os resultados das conferências climáticas têm ficado aquém do necessário, mas afirmou que houve avanços.
“Progredimos, ainda que modestamente”, disse.
Ela destacou que o Brasil seguirá empenhado em construir consensos e pressionar por soluções mais ambiciosas.
“Seguimos persistindo no compromisso de empreender a jornada necessária para superar nossas diferenças e contradições no urgente enfrentamento da mudança do clima.”
Aplausos e emoção no encerramento
Visivelmente emocionada, Marina encerrou o discurso agradecendo a presença das delegações em Belém, que chamou de “coração do planeta”.
“Talvez não os tenhamos recebido como vocês merecem, mas recebemos da forma como achamos que é o nosso gesto de amor à Humanidade e ao equilíbrio do planeta”, afirmou, sob lágrimas.
A cena rendeu um dos momentos mais marcantes do encerramento da COP30, reforçando o papel de Marina Silva como uma das principais vozes globais pela agenda ambiental.
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