No Maranhão

Caxias investiga dois casos suspeitos de febre maculosa

A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 21/06/2023 às 18h16
Casos suspeitos de febre maculosa são investigados em Caxias. (Arte: Imirante)

CAXIAS - Duas pacientes de Caxias foram atendidas em um hospital de Teresina, no Piauí, com suspeita de febre maculosa, doença transmitida pela picada do carrapato. As informações são da TV Mirante.

As irmãs estiveram na zona rural de Caxias e depois apresentaram sintomas semelhantes aos da febre maculosa. Elas foram encaminhadas ao Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella. Como não apresentam quadro grave, elas foram liberadas para tratamento em casa e estão sendo monitoradas por equipe da secretaria municipal. 

A febre maculosa, também conhecida como doença do carrapato, é uma infecção febril de gravidade variável, com elevada taxa de letalidade. (Foto: Divulgação/Prefeitura de Jundiaí)

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Os profissionais da regional de saúde, da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) e da Vigilância Epidemiológica de Caxias fazem o acompanhamento das pacientes a domicílio e agora estão aguardando os exames. Os resultados podem sair em até 30 dias.

A Unidade de Zoonoses de Caxias vai iniciar uma varredura sobre a presença de carrapato-estrela na região onde vivem as pacientes.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que os casos suspeitos estão sendo monitorados pelas vigilâncias municipal e pela vigilância estadual.

Veja a nota na íntegra:

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que os casos suspeitos estão sendo monitorados pelas vigilâncias municipal e pela vigilância estadual, através dos CIEVS Regional Caxias, CIEVS/SES/MA em articulação com CIEVS/PI, visto que os casos foram notificados lá.

A SES pontua, ainda, que o estado vem apoiando as ações do município quanto ao monitoramento dos casos. Inclusive, existe uma nota informativa publicada no site https://www.saude.ma.gov.br/ com orientações gerais.

Por fim, a Secretaria reforça que a doença nunca foi registrada no Maranhão, sendo as regiões sudeste e sul do Brasil as que tem maior concentração de casos.
 

Sintomas

Os principais sintomas da febre maculosa são febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés e gangrena nos dedos e orelhas.

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A doença também pode provocar paralisia dos membros, com início nas pernas, chegando até os pulmões, causando parada respiratória. Além disso, com a evolução da febre maculosa, é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Diagnóstico

O diagnóstico oportuno da febre maculosa é difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, malária, sarampo ou pneumonia.

No entanto, é importante que a pessoa com sintomas da doença procure um médico para que possa fazer a avaliação dos sintomas. Durante a consulta, o médico buscará saber se a pessoa mora em região de mata ou florestas, onde possa ter sido picada por um carrapato. O profissional de saúde também solicitará exames para confirmar o diagnóstico.

Tratamento

Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico e deve ser iniciado no momento da suspeita. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa. A falta ou demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar ao óbito.

Como prevenir

A prevenção da febre maculosa é baseada no impedimento do contato com o carrapato. O Ministério da Saúde recomenda a adoção de algumas medidas para evitar a doença, principalmente em locais onde há exposição a carrapatos:

  • Use roupas claras para ajudar a identificar o carrapato;
  • Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;
  • Evite andar em locais com grama ou vegetação alta;
  • Use repelentes que possuem proteção contra carrapatos;
  • Realize o controle com antiparasitário nos animais domésticos;
  • Retire os carrapatos (caso sejam encontrados no corpo), preferencialmente com auxílio de uma pinça (de sobrancelhas ou pinça cirúrgica auxiliar);
  • Não esmague o carrapato com as unhas, pois ele pode liberar bactérias e contaminar partes do corpo com lesões;
  • Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença.

 

A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato. Por isso, para preveni-la, o ideal é evitar estar em locais onde haja exposição a esses bichos ou adotar algumas medidas para quando estiver visitando alguma dessas regiões silvestres, de mata, fazendas, trilhas ecológicas ou de vegetação alta.

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