Desabamento de ponte

Qualidade da água do rio Tocantins segue sem alterações significativas, aponta ANA

Primeiras análises realizadas após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek indicam que a qualidade da água permanece dentro dos padrões.

Imirante.com

Operação de resgate de vítimas continua no rio Tocantins. (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros)

ESTREITO - A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) informou nesta quarta-feira (25) que as primeiras análises realizadas na água do Rio Tocantins, após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no domingo (22), não detectaram alterações significativas na qualidade.

A queda da ponte, que conectava os Estados do Maranhão e Tocantins, resultou em ao menos seis mortes e 11 desaparecimentos. Durante o acidente, caminhões transportando pesticidas e outros produtos químicos caíram no rio, o que motivou a realização de testes pela ANA e por outros órgãos ambientais e de saúde pública.

Simulações indicam baixo risco

Para avaliar os possíveis impactos no abastecimento público, a ANA realizou simulações considerando um cenário extremo em que todos os recipientes de pesticidas se romperiam simultaneamente ao atingir o rio. Nesse caso, a diluição dos compostos até atingir os limites seguros levaria de 11 a 60 horas.

Entretanto, a agência considera esse cenário improvável, já que os pesticidas estavam acondicionados em bombonas protegidas por pallets e microfilmes. Além disso, dois dos produtos químicos submersos possuem baixa toxicidade aguda para humanos, classificados na categoria 5, enquanto o terceiro é considerado pouco tóxico, na categoria 4.

“Os resultados permitem concluir que não há risco significativo de descumprimento dos parâmetros de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde para o abastecimento público”, informou a ANA.

Primeiros resultados

As análises iniciais da água do Rio Tocantins não apontaram alterações no pH nem na condutividade elétrica, indicando a ausência de impacto significativo da carga de ácido sulfúrico que poderia ter atingido o rio.

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Monitoramento contínuo

A ANA coletou amostras em cinco pontos ao longo de 135 quilômetros para análise laboratorial. A operação conta com apoio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Ministério do Meio Ambiente, Embrapa, Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) e da Engie, empresa que opera usinas hidrelétricas no Tocantins.

Além disso, técnicos do Serviço Geológico do Brasil (SGB) estão na região para medir a vazão e avaliar parâmetros básicos da qualidade da água.

Uma reunião da sala de crise está programada para esta quinta-feira (26), reunindo representantes da ANA, ministérios da Saúde, Meio Ambiente, Integração e Desenvolvimento Regional, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e outros órgãos estaduais para acompanhar a situação.

Corpos encontrados

Nesta quinta, mais dois corpos de vítimas do desabamento da ponte foram localizados. Eles foram identificados como Anisio Padilha Soares, de 43 anos, e Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. 

Com mais as duas vítimas encontradas, subiu para seis o número de mortes confirmadas após a tragédia, e 11 pessoas continuam desaparecidas. Profissionais especializados em resgate subaquático, incluindo equipes de bombeiras mergulhadores do Para, Tocantins e Maranhão, e da Marinha do Brasil, estão mobilizados para a operação. 

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