MARANHÃO – Estudo da ação cicatrizante e anti-inflamatória do Jacarandá em roedores normoglicêmicos e diabéticos verificou que a formulação tópica com o extrato hidroalcoólico da planta reduziu o tempo de cicatrização nos roedores em relação ao grupo controle tratado com solução salina.
Os camundongos submetidos ao experimento também apresentaram regressão considerável da lesão (36%) após 24 horas da primeira aplicação, comparado ao controle (10,95%). Foi possível observar, ainda, a redução da inflamação, migração fibroblástica, reepitelização, formação de novos vasos e acentuada colagenização.
A pesquisa visa alcançar produção de tecnologia e formação de recursos humanos. O estudo é coordenado pelo professor Antônio Carlos Romão, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e conta com a colaboração de alunos de graduação, alunos de mestrado e doutores.
“As limitações dos medicamentos já existentes nos impulsionaram a estudar a espécie em questão, pois é uma planta presente no bioma cerrado, podendo ser encontrada no Estado do Maranhão, e que apresenta uso popular com finalidade anti-inflamatória e cicatrizante, apresentando em sua composição química substâncias que estão potencialmente associadas ao processo de cicatrização”, afirma o professor.
De acordo com o pesquisador, este é o primeiro estudo com a Jacarandá em roedores diabéticos. O professor observa que nos hospitais são muitos os casos de feridas com dificuldade de cicatrização decorrentes de diferentes causas, diabetes, infecções, utilização de corticóides e condições nutricionais, o que acarreta grandes gastos para os hospitais.
Em geral, o tratamento é realizado com técnicas de controle da doença e com a assepsia do local. “É necessário acompanhar e incorporar as novas tecnologias e técnicas que propiciam tratamentos mais modernos que a ciência tem descoberto e que aceleram a cura de diversas doenças, minimizando o sofrimento dos pacientes e reduzindo a mortalidade e os custos dos tratamentos”, ressalta Antônio Carlos.
O estudo contribuirá com produção de conhecimento a cerca de um material vegetal já utilizado pela população, além da prospecção tecnológica, que poderá motivar novos estudos, visando a produção de medicamentos a fim de melhorar a qualidade de vida de pacientes que apresentem deficiência no processo de cicatrização.
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