IMPERATRIZ- Mulheres no agro, na segurança pública, na política, na ciência, no esporte e na indústria. Sim, elas conquistam cada vez mais espaço nos ambientes ocupados predominantemente por homens. Tornando-se referência em sua área de atuação e assumindo postos de liderança dentro das empresas, elas enfrentam inúmeros desafios, vencendo a desigualdade, preconceito, assédio e a jornada dupla, derrubando o mito do “sexo frágil”.
No Brasil, segundo dados de 2018 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres compõem 51% dos trabalhadores. Na indústria, elas respondem por 30% dos cargos, de acordo com Ministério da Economia. Existe ainda um dado curioso e relevante sobre a contribuição das mulheres no mercado de trabalho, que vale ser ressaltado. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o país poderia expandir sua economia em até R$ 382 bilhões ao longo de oito anos. Isso se aumentasse em 1/4 a inserção das mulheres no mercado de trabalho até 2025.
Móveis, laticínios, celulose, gás, bebidas, combustíveis, gêneros alimentícios, produtos cerâmicos, têxteis, siderúrgicos, minerais, químicos e serviços industriais. Esses são alguns itens produzidos pela indústria maranhense, que envolve 4.097 indústrias e emprega mais de 94.590 trabalhadores, de acordo com dados do Portal da Indústria (CNI). Em 2022, o Maranhão criou 4529 novas vagas de emprego formal. Desse número 1249 foram de mão de obra feminina, sendo 866 na indústria e 383 novas vagas na construção.
Mudança de rota
De representante de vendas à Mecânica Florestal. O caminho parece fácil, no entanto, foi árduo. Mayranne Melo abandonou a carreira bem-sucedida nas vendas para se dedicar ao curso de Mecânica de Máquinas Florestais. O retorno veio após conclusão do curso técnico no SENAI, sendo contratada pela Suzano para exercer a função de Mecânica Florestal, inclusive inspirando outras mulheres por se tornar a primeira mecânica de máquinas pesadas na região. Após dois anos nessa função, conseguiu ser promovida para o cargo de Técnica em Manutenção Florestal. Hoje, a jovem é responsável por duas frentes de serviços na companhia, além da gestão de mecânicos e manutenção.
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Mayranne segue inspirando outras mulheres e buscando por qualificação. Esse ano, ela conclui o curso superior em Administração e retoma o de Engenharia Mecânica. Minha vida mudou de ponta a cabeça, após conclusão do curso técnico. Atuo numa área onde é pouca a presença feminina, e por conta dessa pluralidade e quebra de estereótipo fui destaque nacional, me tornando referência para outras mulheres, o que para mim é uma grande alegria”.
Indústria como porta de entrada
Nathalia Szepainski, 27 anos, apesar da pouca idade, tem escrito uma trajetória de sucesso junto à indústria. Formada em Ciência e Tecnologia, com cursos técnicos nas áreas de Fundamentos em Logística e Assistente Administrativo encontrou sua primeira oportunidade de trabalho em uma indústria de fabricação de etanol localizada em São Raimundo das Mangabeiras. Na Agroserra Industrial, exerce a função de Analista Ambiental, sendo responsável pelo planejamento estratégico, controle e execução de tarefas da equipe do meio ambiente e toda tratativa documental referente ao setor.
“Sempre procurei me qualificar nas melhores instituições, e eu destaco o SENAI que tem uma grande parcela na minha trajetória de vida e carreira construída até aqui”, conta a jovem.
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