Reintegração de posse irregular

Militares são flagrados em tentativa irregular de reintegração de posse no Maranhão

O bando está sendo investigado por suposta formação de milícia.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 30/03/2023 às 17h05
A ação foi filmada por um fazendeiro, que era alvo do despejo. (Foto: Reprodução/G1)

MARANHÃO - Um policial militar e quatro bombeiros foram flagrados, na última terça-feira (28), em uma tentativa irregular de reintegração de posse em Sambaíba, no sul do Maranhão.

Os militares teriam sido contratados por um fazendeiro que disputa uma área de terra na região e estariam fazendo "a segurança" durante a ação. Os cinco homens são de São Luís e estavam fora escala de serviço, além de não estarem fardados.

Em casos de cumprimento de reintegração de posse, é necessário seguir um protocolo de segurança, o que não foi cumprido na ocasião. O comando da Polícia Militar do sul do Maranhão deveria ter informado ao comando geral de São Luís que, então, determinaria o apoio para o cumprimento da ordem judicial.

Alvo do despejo, um outro fazendeiro denunciou a ação e encaminhou vídeos à polícia, que interceptou o grupo. Com eles, foram apreendidas seis pistolas, dois fuzis, várias munições, granadas e coletes à prova de bala.

A Polícia Civil de Balsas informou que alguns dos armamentos fazem parte do arsenal do sistema de segurança do Estado, outra irregularidade cometida pelo grupo. Os militares foram ouvidos nessa quarta (29) e liberados, mas ainda vão responder por crime de suposta formação de milícia.

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Segundo o delegado regional de Balsas, Fagno Vieira, as investigações vão continuar. “O procedimento que foi possível ser feito com elementos foi um Termo Circunstanciado de Ocorrência, em virtude das supostas ameaças feitas por esse grupo ao fazendeiro possuidor da área. Isso não impede a continuidade das investigações para que se defina se esse grupo agia de maneira permanente e estável para a prática de outras condutas semelhantes, que pode caracterizar a formação de milícia. A presença desses militares, exibindo tais armas, tinha uma finalidade específica que era de intimidar”.

O Comando do Corpo de Bombeiros do Maranhão e a Polícia Militar informaram que vão abrir um procedimento administrativo para investigar a conduta dos envolvidos.

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