WASHINGTON (ESTADOS UNIDOS) - Um ataque de drones em Cabul no mês passado matou até 10 civis, incluindo sete crianças, disseram os militares dos Estados Unidos nesta sexta-feira (17), desculpando-se pelo que consideraram um "erro trágico".
O Pentágono disse que o ataque de 29 de agosto tinha como alvo um homem-bomba do Estado Islâmico que representava ameaça iminente para as tropas lideradas pelos EUA no aeroporto, enquanto completavam os últimos estágios de sua retirada do Afeganistão.
Mesmo diante do surgimento de relatos de vítimas civis, o principal general dos EUA descreveu o ataque como "justificado".
O general dos fuzileiros navais Frank McKenzie, chefe do Comando Central dos EUA, disse que no momento do ataque, estava confiante de que havia evitado uma ameaça iminente às forças norte-americanas no aeroporto.
"Nossa investigação agora conclui que o ataque foi um erro trágico", disse a repórteres.
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Ele afirmou que agora acredita ser improvável que os mortos fossem membros da afiliada local do Estado Islâmico, ISIS-Khorasan, ou representassem ameaça direta às forças dos EUA. O Pentágono avalia reparações, segundo McKenzie.
Em um comunicado, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, disse que o ataque com drone matou o senhor Ahmadi, que trabalhava para uma organização sem fins lucrativos chamada Nutrition and Education International.
"Agora sabemos que não havia conexão entre o Sr. Ahmadi e o ISIS-Khorasan, que suas atividades naquele dia foram completamente inofensivas e nada relacionadas com a ameaça iminente que acreditávamos enfrentar", disse Austin no comunicado.
"Pedimos desculpas e faremos o possível para aprender com esse erro horrível."
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