Adriana Oliveira: quem é a influenciadora assassinada a tiros em Santa Luzia
Na cidade, conhecida desde a infância por muitos moradores de Santa Luzia, ela formou família, teve um filho, e se destacava pelo bom humor.
SANTA LUZIA - "Alegre e cheia de sonhos", é como muitos moradores definem a vida e a personalidade de Adriana Oliveira, que foi assassinada aos 27 anos no último sábado (15), dentro da própria casa, em Santa Luzia, a 297 km de São Luís.
Adriana era conhecida desde a infância por muitos moradores de Santa Luzia, onde cresceu. Na cidade, ela formou família, teve um filho, e se destacava pelo bom humor.
"Adriana foi uma mulher sensacional, cheia de sonhos e que fazia todos sorrirem com seu jeito único de ser. Conheci ela desde criança. Alegre, sincera, autêntica, sendo que ela nunca deixou de cumprimentar um dia sequer ninguém, sempre com sorriso no rosto"conta Géssica Guimarães, amiga de Adriana.

"Adriana era uma pessoa de família, seus pais só lhe deram amor (...) Está todo mundo triste porque ninguém entende porque fizeram isso com ela. Está doendo muito. Ela vai fazer muita falta aqui na terra", completou Géssica.
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Adriana era dona de casa, mas, nos últimos anos, também passou a se dedicar às redes sociais e produzia vídeos para os seguidores, sempre com tom bem humorado, sobre situações do cotidiano ou em publicidades para lojistas locais.
Uma das amigas mais presentes em vídeos com Adriana era Alexandra Alves, que fez várias declarações nas redes sociais sobre a perda da companheira.
"Meu coração está doendo tanto. Como eu queria que fosse mentira (...) Eu sei e você vai contagiar a todos no céu com sua alegria! Lhe vi nascer e crescer, e vou lhe guardar para sempre no coração! (...) Sua partida foi precoce, inesperada, mas creio que Deus apontará o culpado e a justiça será feita", declarou Alexandra, nas redes sociais.

Marido e sogro estão presos
Um dia após o assassinato, o marido e o sogro de Adriana Oliveira foram presos em flagrante, também em Santa Luzia. Nesta segunda-feira (17), a prisão foi convertida para preventiva.
De acordo com as investigações, Adriana foi morta por uma pessoa que entrou na residência e efetuou três tiros, mesmo com a presença do marido, que não foi atingido. Em depoimento, o marido da vítima, identificado como Valdiley Paixão Campos, de 37 anos, afirmou que viu o criminoso chegando na casa em uma moto, depois atirando contra Adriana e fugindo.
O sogro de Adriana, conhecido como 'Antônio do Zico', também prestou depoimento e confirmou a versão do filho. No entanto, o delegado Alisson Guimarães, que comanda as investigações, decidiu prender os dois em flagrante com base em outros elementos da investigação.
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Em entrevista à TV Mirante, o delegado-geral Manoel Almeida explicou que a investigação se aprofundou rapidamente após contradições na versão apresentada pelo marido de Adriana.
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"A forma como ele descreveu os eventos e o horário em que ocorreram não condizem com as evidências coletadas no local. Além disso, constatamos que as condições de segurança na área estavam diferentes do habitual", afirmou o delegado.
A polícia também analisou câmeras de segurança nas redondezas para tentar identificar um possível motociclista mencionado pelo marido, mas não encontrou provas que comprovassem sua versão. O comportamento do marido também gerou suspeitas.
Leia também: De testemunha a suspeito: as falhas na versão do marido no caso Adriana Oliveira
"Assim que soube do ocorrido, ele primeiro comunicou a polícia e não prestou socorro à vítima, o que é incomum em situações desse tipo, aliado aos áudios que a vítima vinha divulgando antes do crime", completou o delegado Manoel Almeida.
Além do marido, o sogro da influenciadora também foi apontado como suspeito. "Hoje temos indícios fortes de que tanto ele quanto o pai da vítima têm participação nesse crime", destacou o delegado. A investigação está sendo tratada como um caso de feminicídio, dada a gravidade das circunstâncias envolvendo a morte de Adriana.
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A delegada Kazumi Tanaka também conversou com equipe da TV Mirante e enfatizou a importância de alertar mulheres que possam viver situações semelhantes.
"É fundamental que as mulheres se sintam seguras para buscar ajuda e denunciar qualquer tipo de agressão ou ameaça", disse. Ela ressaltou que é responsabilidade da sociedade não apenas esperar por ações das vítimas, mas também agir para proteger vidas.
Para a delegada Kazumi Tanaka, as próximas etapas da investigação incluem ouvir mais testemunhas e analisar novos elementos que possam surgir ao longo do processo.
"O inquérito terá o prazo regular de dez dias para ser concluído e, nesse intervalo, tudo que for necessário será levantado para convencer as autoridades responsáveis pela avaliação judicial e pelo Ministério Público. Espero que possamos demonstrar à população que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo Estado em intervir preventivamente neste tipo de crime, haverá punição", afirma a delegada Kazumi Tanaka.
A equipe de reportagem entrou em contato com a defesa de Antônio e Valdiley para obter a versão dos suspeitos, mas não houve retorno até a última atualização desta matéria.
Saiba Mais
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- Em áudio, Adriana relatou que estava trancada dentro do quarto antes de ser assassinada
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