São Luís

Frota de transporte alternativo é alvo de reclamação

Muitas vans apresentam pneus-carecas, portas quebradas, além de outros problemas.

Leandro Santos / O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h41

SÃO LUÍS - A principal reclamação de quem utiliza o transporte alternativo diz respeito ao estado em que está uma parcela significativa da frota de veículos que presta esse serviço. Atualmente, muitas vans que atuam no sistema trafegam com pneus-carecas, portas quebradas, poltronas destruídas, além de outros problemas, o que compromete a segurança de quem utiliza diariamente o serviço.

- Temos de enfrentar todo dia esse tipo de problema. Isso é um desrespeito com o passageiro - desabafou Ivanilde Silva Oliveira, usuária frequente do transporte alternativo. Ela contou que são poucas as vezes em que utiliza o serviço com veículos em boa condições de uso.

Outra reclamação de usuários é com relação à superlotação. As vans que integram o sistema têm capacidade para conduzir 42 passageiros - 22 sentados e 20 em pé. No entanto, muitos motoristas trafegam com capacidade muito acima da permitida, comprometendo ainda mais a segurança dos passageiros. "Nós ainda somos obrigados a suportar a falta de educação dos motoristas que fazem os passageiros a se espremerem dentro das vans", reclamou o autônomo Edilson de Jesus Rios.

Em decorrência da falta de fiscalização para o transporte alternativo, existem vans que, à noite, operam no centro urbano de São Luís, o que foge do itinerário normal e autorizado a esses veículos.

De acordo com José Afonso Alves, presidente da Federação das Cooperativas de Transporte Alternativo do Estado do Maranhão (Fectama), o atual sucateamento do serviço acontece principalmente por causa dos veículos que operam, clandestinamente, no transporte alternativo da capital.

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Segundo ele, os veículos que não são cadastrados nas cooperativas de transporte alternativo da cidade estão em péssimo estado de conservação, fato que, de acordo com o presidente da Fectama, mancha a categoria. "Ficamos impossibilitados de oferecer um transporte alternativo de qualidade com essa grande quantidade de veículos clandestinos que tomam o nosso espaço", afirmou José Afonso Alves.

Regulamentação - O supervisor de terminais rodoviários da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra), Gedeão Neves, explicou que a secretaria está trabalhando para fazer a regulamentação do transporte alternativo na cidade para evitar a defasagem no serviço.

O prazo para que os representantes das cooperativas que prestam este tipo de transporte entregassem a documentação necessária para a regulamentação expirou em junho do ano passado.

No entanto, Gedeão Neves frisou que a demora na regulamentação deve-se principalmente, à falta de profissionais na própria secretaria para realizar este trabalho. A Sinfra já cadastrou 1.428 veículos do serviço de transporte alternativo em todo o Estado.

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