Em São Luís

CAPS-AD realiza evento em alusão ao dia nacional de combate ao alcoolismo

Durante o evento foram feitos testes do Audit, HIV, sífilis e hepatite e Covid19.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h04
Evento foi realizado nesta quinta-feira (18), na praia de São Marcos. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - Dia 18 de fevereiro comemora-se o dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, e para chamar atenção de alguns dados epidemiológicos importantes sobre o assunto, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS-AD) estadual realizou uma ação na praia de São Marcos, em São Luís.

Durante o evento foram feitos testes do Audit, que faz o rastreamento se o nível de consumo de álcool está leve, moderado ou de alto risco e é executado pelo psicólogo (a) por meio de questionário e posteriormente analisado o score da pessoa.
Além disso, foi realizada uma panfletagem, testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite e Covid19.

Dados da OMS no Brasil

Segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de bebidas alcólicas pelos brasileiros acima de 15 anos, acelerou na última década pulando de 6,2 litros de alcool puro por pessoas em 2006, para 8,9 litros em 2016 tendo um crescimento de 43,5%. O consumo nacional está acima da média mundial de 6,4 llitros. “O àlcool é a substância psicoativa com maior consumo e dependência no Brasil, afirma o especialista e diretor do CAPS-AD Marcelo Soares Costa”.

Dados epidemiológicos nacionais apontam que, 13% da população apresenta quadro de dependência química, 32% faz uso da bebida de forma moderada e 16% faz uso nocivo ou abusivo desta substância em questão, segundo dados do levantamento nacional de alcool e drogas (Lenad).

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O uso abusivo do àlcool e a dependência dele são responsáveis por 3 milhões de mortes no mundo, só no Brasil cerca de 40 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito e 60 mil homicídios ocorrem também em função deste abuso. Além disso o alcolismo está associado a mais de 60 condições agudas e crônicas de saúde, como a hipertenção, diabetes, doenças cardiovasculares, ùlcera e outros agravos. “Outro grande problema deste consumo exagerado está associado a diversos danos sociais entre eles, a violência doméstica e urbana, problemas no desempenho escolar e laboral, comportamento sexual de risco dentre outros", afirma Marcelo Soares Costa.

Marcelo Soares Costa, Diretor do CAPS-AD. (Foto: Divulgação)

Com relação aos danos provocados a Saúde Mental, o Brasil é recordista munidial segundo a OMS, onde sabemos que o consumo exagerado do àlcool intensifica esses agravos, levando a potencialização de quadros depressivos e ansiogênicos.

Com relação ao tratamento deve ser feito por um especialista e de forma multidisciplinar utilizando de: psicoterapia, grupos de alto ajuda e medicações que existem hoje específicas para essa doença. Os CAPS-ADC, são as portas de entrada para este tratamento.

Assista ao vídeo de Marcelo Costa, diretor do CAPS, falando sobre o evento

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