Gás natural

Firmado contrato para uso de gás natural na Usina de Pelotização de São Luís

Objetivo é substituir o uso de óleo combustível consumido na planta industrial por uma fonte de energia mais limpa, avançando na agenda de redução de emissão de carbono da empresa.

Imirante.com, com informações da assessoria

As pelotas produzidas na usina servem de matéria prima para a produção do aço. (Divulgação)

SÃO LUÍS - Um contrato que viabilizará o uso de gás natural na Usina de Pelotização em São Luís, a partir de 2024, foi firmado entre a Vale, Companhia Maranhense de Gás (Gasmar) e Eneva. O objetivo é substituir o uso de óleo combustível consumido na planta industrial por uma fonte de energia mais limpa, avançando na agenda de redução de emissão de carbono da empresa. As pelotas produzidas na usina servem de matéria prima para a produção do aço.

A partir do contrato firmado com a Vale, a Gasmar iniciará a implantação de uma rede de distribuição de gás natural inédita no estado do Maranhão, interligando o porto do Itaqui à área da empresa, na região Itaqui-Bacanga. A nova rede também pode criar as condições para o uso do gás por outras indústrias e segmentos na região. A Eneva, empresa de energia, será a fornecedora do gás a ser utilizado pela Vale.

“Este contrato é um marco muito importante para a Vale. Ele representa mais um grande passo na transição da matriz energética das nossas usinas de pelotização, dando consistência à agenda de carbono zero e viabilizando uma rede de distribuição inédita de gás, que, além de atender à Vale, poderá também se estender para outras indústrias da região,” afirmou Alexandre Pereira, vice-presidente executivo de Soluções Globais de Negócios da Vale. “Por fim, a relevância deste processo se dá, principalmente, pela contribuição para o desenvolvimento do Maranhão e nossas comunidades. Essas frentes estão totalmente alinhadas ao nosso propósito de melhorar a vida e transformar o futuro. Juntos.”

O novo contrato representará, adicionalmente, uma redução de custos com combustíveis, considerando que o gás natural é mais barato que o óleo combustível. Outro aspecto relevante é que a recente regulamentação implementada pela lei do gás, como parte do movimento de desverticalização do setor, possibilita que esta contratação seja realizada no âmbito do Mercado Livre. Esta ação, portanto, sinaliza aderência ao movimento nacional de abertura do mercado de gás natural, que preconiza um ambiente mais dinâmico e competitivo.

A contratação do gás natural também traz um viés social importante para o Maranhão. Isto porque ela integra o Programa Partilhar da Vale, que prevê investimentos sociais por parte da cadeia de fornecedores, criando uma rede integrada de compromisso com desenvolvimento socioeconômico sustentável da região. A iniciativa está alinhada ao compromisso da Vale com a Agenda 2030, voltada às comunidades e à promoção do progresso social nas localidades onde atua.

Pelotizadoras movidas a gás

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Com a conversão da matriz energética da Usina de Pelotização de São Luís, prevista para acontecer em 2024, todas as plantas pelotizadoras da Vale passam a utilizar o gás em substituição ao óleo combustível como fonte de energia. Além de São Luis, a empresa opera usinas de pelotização no Espírito Santo, em Minas Gerais e Sohar (Omã).

O gás natural é um combustível mais limpo se comparado a outras fontes, como o óleo combustível. Possui menos contaminantes e produz uma combustão mais limpa, com menor quantidade de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), sendo, por esta razão, considerado um combustível de transição no processo de descarbonização.

A redução das emissões da pelotização é um dos maiores desafios da Vale. Hoje, representa aproximadamente 30% das emissões de GEE da companhia, à frente da mineração e do transporte ferroviário. Além do uso do gás natural, a companhia tem investido no desenvolvimento de outras fontes alternativas e já iniciou testes, também na planta de São Luís, com o biocarbono, produto renovável, obtido através da carbonização de biomassa.

Agenda carbono zero da Vale

Em linha com as melhores práticas de sustentabilidade mundial, a Vale estima investir entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões para reduzir em 33% suas emissões de carbono diretas e indiretas até 2030, ou seja, aquelas sob sua responsabilidade.

Além disso, a empresa também se comprometeu a cortar em 15% das emissões da sua cadeia de valor até 2035 e ser carbono zero até 2050.
      

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