SÃO LUÍS – O estado do Maranhão encerrou o ano de 2023 com a criação de mais de 22 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada. Esses números refletem uma contribuição para a economia local e para o bem-estar das famílias maranhenses. Mais de 15% dos empregos foram gerados em vários segmentos industriais.
Os setores de Comércio e Serviços destacaram-se como os maiores empregadores, totalizando 16.825 novas vagas. Entretanto, o segmento industrial também teve papel fundamental, respondendo por 15,2% do total de empregos gerados. Dentre os segmentos industriais, a fabricação de coque e de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis se destacou com um aumento impressionante de 266,9% em relação ao ano anterior, evidenciando um crescimento na economia do estado.
As indústrias ligadas ao consumo das famílias, como as de produtos alimentícios e bebidas, também contribuíram significativamente para a criação de empregos, somando 499 novas vagas, sendo 97 de bebidas, 66 de artigos de vestuários e acessórios e 145 de fabricação de móveis.
“A criação de mais de 22 mil novas vagas de emprego é um passo importante para o desenvolvimento econômico e social do Maranhão, proporcionando oportunidades de trabalho e renda para a população”, explicou o economista José Henrique Braga Polary, coordenador de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA).
SEGMENTOS INDUSTRIAIS – Outros segmentos que contribuíram significativamente para a criação de empregos com carteira assinada na indústria maranhense foram: a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (339); fabricação de couros, artefatos de couros, artigos para viagem e calçados (311); fabricação de produtos químicos (306); metalurgia (292) e fabricação de móveis (145).
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Os chamados serviços industriais de utilidade pública (eletricidade e gás e água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação) geraram um saldo positivo de 139 novos postos de trabalho, 30,5% do que o registrado no ano passado.
Por outro lado, seis segmentos industriais se destacaram como os que mais desempregaram em 2023: fabricação de máquinas, aparelhos e material elétrico; produtos têxteis; impressão e reprodução gráfica; produtos de minerais não-metálicos; produtos de madeira e produtos farmoquímicos e farmacêuticos. Destes, chama a atenção a indústria de produtos de minerais não-metálicos, que apresenta saldo negativo pelo segundo ano seguido, provavelmente afetada pelas dificuldades do mercado de construção.
“Aliás, as indústrias da construção criaram, em 2023, 346 novos postos de trabalho, mas esse número corresponde a 26,2% dos saldos gerados por elas em 2022, indicando que ainda estão distantes dos melhores desempenhos no mercado. A redução dos custos de produção e das taxas de juros podem contribuir para seu reposicionamento produtivo a partir de 2024”, analisou Polary.
A geração de 22.039 novas vagas de trabalho com carteira assinada é um registro importante porque contribui para a renda familiar. Esse desempenho, no entanto, corresponde somente a pouco mais da metade dos 40.221 criados em 2022.
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