Análise

Cláudio Cunha não tem noção do papel que deve ter como agente público

Deputado do PL usou as redes sociais para dizer que há sensacionalismo no caso do estupro de artista circense em interior do Maranhão.

Carla Lima/Ipolítica

Atualizada em 29/11/2024 às 11h37
Cláudio Cunha tem atuação nas redes sociais que não seguem o que prevê a liturgia do cargo que ocupa (Divulgação)

SÃO LUÍS - Para exercer um mandato eletivo (ser um representante da população) é necessário ter a compreensão do papel e das responsabilidade que desempenhará na função e, para isso, é fundamental o preparo intelectual e de caráter. Além disso, há a liturgia do cargo que ocupa que não permite comportamentos deselegantes, por exemplo.

Considerando isso, fica claro que no Maranhão há políticos que não deveriam ocupar a cadeira que ocupa. Um exemplo disso é o deputado estadual Cláudio Cunha (PL). O parlamentar usou as redes sociais para falar do terrível caso de estupro que ocorreu com a artista circense Camila Gomes em Central do Maranhão.

Segundo o deputado (em postagem que ele já apagou), há um sensacionalismo sendo feito no caso e que a polícia está atuando. Pelo o que escreveu, Cláudio Cunha perdeu uma ótima oportunidade de se eximir de comentar algo sobre o caso.

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Sensacionalismo em uma situação de assalto e estupro? Não é correto a sociedade cobrar agilidade da polícia em prender os criminosos? 

É necessária a cobrança para que os criminosos não façam novas vítimas e para que a sensação de impunidade não cresça ainda mais no estado. Além, claro, de ser uma resposta para amenizar (pelo menos um pouco) todo o sofrimento da Camila Gomes e de sua família.

Cláudio Cunha precisa entender o tamanho de sua responsabilidade como agente público. Lembrar que ele é um funcionário da sociedade pago (e muito bem) com os tributos da população. E não é pago para exalar nas redes sociais opiniões superficiais e desumanas nas redes sociais.

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