SÃO LUÍS - O transporte público segue operando de forma reduzida nesta quinta-feira (20) na Grande São Luís, com os usuários enfrentando muitas dificuldades. Se normalmente o passageiro lida com superlotação nos coletivos e frota com veículos antigos, agora o número de ônibus circulando é insuficiente para atender a população.
Apenas a frota do sistema semiurbano segue circulando na Grande São Luís. Por isso, muitas pessoas só conseguem chegar até a metade do caminho e depois precisam encontrar uma maneira de completar a viagem, seja pagando um mototáxi, chamando um transporte por aplicativo que é mais caro, ou indo a pé mesmo.
A qualidade dos ônibus que estão sendo colocados nas ruas é uma das preocupações dos usuários. Durante a manhã de ontem, quando as linhas semiurbanas voltaram a operar, houve ônibus que ficou no “prego". Um caso foi registrado na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no bairro do Angelim, e outro no João Paulo.
São mais de 300 mil pessoas que utilizam o sistema de transporte público na capital e estão sendo afetadas pela paralisação.
Durante a rodada de negociações dessa quarta-feira (19) não houve acordo. Por isso, a greve continua para o sistema urbano de São Luís. O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), anunciou, no fim da noite dessa quarta-feira, que os usuários do sistema de transporte público urbano de São Luís já podem acessar o site da prefeitura e se cadastrar para receber um voucher que será usado em aplicativos de transporte.
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Após nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA), sindicato e empresários não chegaram a um acordo, e a greve do transporte urbano continua em São Luís. No entanto, um acordo parcial permitiu o retorno do transporte semiurbano nessa quarta (19).
A audiência foi conduzida pela juíza auxiliar da presidência do TRT-MA, Tália Barcelos Hortegal Braga. O processo seguirá para análise de um pedido de tutela de urgência sobre o transporte urbano, regulado pela Prefeitura de São Luís. A decisão será tomada pela Presidência da Justiça do Trabalho em até 24 horas.
A Prefeitura de São Luís não apresentou propostas sobre o transporte público urbano. Diante disso, foi determinado que informe o valor atualizado da tarifa de remuneração dos trabalhadores, conforme o contrato de concessão, além da memória de cálculo, para subsidiar a análise da tutela de urgência solicitada pelo Ministério Público do Trabalho do Maranhão (MPT-MA).
Enquanto a greve persistir, a Justiça do Trabalho mantém a exigência de que o Sindicato dos Trabalhadores garanta 80% da frota em circulação. O descumprimento pode gerar multa diária de R$ 100 mil.
Acordo no sistema semiurbano
Após negociações, a MOB, empresas e rodoviários chegaram a um acordo que prevê 7% de reajuste salarial e aumento de 10% no valor do ticket alimentação para os trabalhadores. “Exigimos ainda uma nova etapa de renovação da frota de ônibus, a fim de avançarmos em melhorias no sistema”, publicou o governador do Maranhão, Carlos Brandão, em redes sociais.
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