BRASÍLIA - Um estudo da Associação Livres revelou que a elite do serviço público brasileiro aufere rendimentos que chegam a ser 66 vezes maiores que a renda familiar per capita da maior parte da população. A pesquisa comparou vencimentos brutos de autoridades com a média salarial nacional, analisou todos os níveis federativos e confrontou dados com 17 países com perfil semelhante ao do Brasil. Em 2024, mais de 63 000 contracheques do Judiciário ultrapassaram R$ 100 000, apesar do teto constitucional de R$ 46 000.
JUDICIÁRIO NO TOPO
Juízes e desembargadores figuram no alto do ranking de vencimentos acima do teto, graças a “verbas indenizatórias” que inflacionam salários. O Conselho Nacional de Justiça registrou pagamentos de até R$ 678 000 em um único mês, sem que nenhum órgão da República observasse o limite imposto pela Constituição.
EXECUTIVO E LEGISLATIVO
No Executivo Federal, o presidente e os deputados recebem remunerações em torno de R$ 44 000 mensais, valor que representa até 47 vezes a renda média de estados como Alagoas e Acre e cerca de 20 vezes a dos paulistas. Esses números evidenciam o descompasso entre a realidade da população e os detentores de mandato.
REFORMA EM IMPASSE
Embora a reforma administrativa inclua corte de “super-salários”, as negociações no Congresso seguem estagnadas. Um ministro do TCU admitiu que só deixaria de receber penduricalhos quando todos concordarem em renunciar aos benefícios, destacando a necessidade de um “grande pacto nacional” para respeitar o teto.
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