AMC e UEMA trazem a São Luís Dr. Glen Barber, cientista referência mundial em imunologia
Suas contribuições científicas incluem a descoberta da proteína STING e a elucidação de como os ácidos nucléicos desencadeiam a produção de citocinas, mecanismos centrais para compreender a imunidade inata.
São Luís será palco de um momento histórico para a ciência maranhense. No dia 1º de outubro, às 9h30, o auditório do Núcleo de Tecnologias para Educação (Uemanet) receberá o cientista internacional Dr. Glen Barber, Membro Correspondente da Academia Maranhense de Ciências, pesquisador reconhecido mundialmente como uma das maiores referências em imunologia e sinalização celular.
A iniciativa é promovida pela Academia Maranhense de Ciências (AMC) e pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), que assumem o protagonismo ao aproximar o Maranhão da fronteira do conhecimento científico global. A presença do Dr. Glen Barber demonstra de forma concreta que nossas instituições podem e devem ser vetores de inovação, desenvolvimento e integração com os grandes centros de pesquisa do mundo.
O Dr. Glen Barber obteve seu diploma em Ciências na Universidade de Portsmouth e concluiu o doutorado na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. Aperfeiçoou sua formação em centros de excelência como a Universidade de Washington, a Universidade de Tóquio e a Emory University, até fixar-se nos Estados Unidos. Durante muitos anos foi professor e presidente do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Miami, cargo no qual também ocupou a Eugenia J. Dodson Endowed Chair em Pesquisa do Câncer no Sylvester Cancer Center. Atualmente, é Diretor do Centro de Imunidade Inata e Inflamação (CIII), no Instituto Pelotonia de Imuno-Oncologia (PIIO), ligado ao The James Comprehensive Cancer Center da Ohio State University, em Columbus, Ohio.
Suas contribuições científicas incluem a descoberta da proteína STING e a elucidação de como os ácidos nucléicos desencadeiam a produção de citocinas, mecanismos centrais para compreender a imunidade inata. Paralelamente, foi pioneiro no uso de vírus como ferramenta terapêutica contra o câncer. Ao longo da carreira, recebeu prêmios de grande prestígio, como o Seymour & Vivian Milstein Award for Excellence in Interferon and Cytokine Research em 2009, o William B. Coley Award for Distinguished Research in Basic and Tumor Immunology em 2020, além de ter sido eleito Fellow da Royal Society of Great Britain em 2021.
Em 2025, Glen Barber foi laureado com o Prêmio Paul Ehrlich e Ludwig Darmstaedter, concedido em Frankfurt, na Alemanha, em reconhecimento às descobertas realizadas em conjunto com Andrea Ablasser e Zhijian J. Chen sobre a via de sinalização cGAS-STING, mecanismo fundamental da imunidade inata que abre novas perspectivas para o combate ao câncer, a doenças infecciosas e a distúrbios autoimunes. No mesmo ano, recebeu outro reconhecimento de enorme prestígio internacional ao ser nomeado Citation Laureate 2025 em Fisiologia ou Medicina pela Clarivate, distinção que destaca pesquisadores de excelência cujas contribuições científicas são consideradas de impacto comparável ao de futuros laureados com o Prêmio Nobel.
Além da carreira acadêmica, Barber é cofundador da Vyriad, empresa dedicada ao desenvolvimento de vírus oncolíticos, e fundador e CEO da Stinginn LLC, empresa de biotecnologia que se concentra na regulação da imunidade inata e na sinalização STING para os mercados de imunoterapia do câncer e inflamação.
O tema da palestra Innate Immune STING Signaling, Infectious Disease and Cancer aborda a via STING, considerada uma das mais promissoras no desenvolvimento de terapias avançadas contra doenças infecciosas e diferentes tipos de câncer. Trata-se de um campo de pesquisa que mobiliza investimentos bilionários em diversos países e que coloca o Dr. Glen Barber entre os nomes mais citados no cenário biomédico global.
Mais do que uma conferência, este encontro é a afirmação do vigor da Academia Maranhense de Ciências e da Universidade Estadual do Maranhão. Unidas, essas instituições projetam o Maranhão no mapa da ciência internacional, reforçam a imagem de nossas entidades como centros de excelência e mostram que a ciência, quando compartilhada com a sociedade, é capaz de abrir horizontes e transformar realidades.
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