SÃO LUÍS - O Superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Gustavo Ferraz Gominho, disse que as doze pessoas presas na tarde deste domingo, confessaram as suas participações na fraude do vestibular da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A afirmação foi feita em entrevista no programa Rádio Patrulha, da Rádio Mirante AM.
De acordo com o Superintendente da PF, as doze pessoas continuam presas temporariamente, podendo algumas delas serem liberadas nesta terça-feira. Gominho chegou a isentar a UFMA de envolvimento com a fraude.
- A fraude se restringiu apenas a essas quinze pessoas. Portanto, até o momento ela não teve caráter institucional - argumentou.
Ele garantiu ainda que as investigações e as prisões feitas até o momento constataram o envolvimento de apenas quinze pessoas na fraude do vestibular, onde três permanecem foragidas.
Questionado sobre a possibilidade de cancelamento do vestibular, Gustavo Gominho declarou que a decisão de anulação do vestibular depende agora da Universidade Federal do Maranhão.
O delegado informou que uma equipe da Polícia Federal está trabalhando para prender nas próximas horas os outros três acusados no esquema de venda de gabaritos do vestibular e que continuam foragidos.
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Foram presos oito alunos que estariam sendo beneficiados: Milena Mendes Lobati, Aristóteles Luiz Tinoco Souza, Arielton Pereira do Nascimento, Eduardo Santos Jacinto Penha Araújo, Raphael de Oliveira Penha, Rubenvaldo Ramalho Barbosa, Gleyciane do Rosário Miranda Costa e Washington Luiz Tinoco Sousa Também foram presos outras quatro pessoas que faziam as provas e passavam os gabaritos para os beneficiados: Cláudio José Sá Pereira, Gutemberg Luiz Tinoco Souza, José Keneth Araújo dos Santos e Manoel Henrique Cardoso Pereira Lima (Analista de Sistema do TCU).
Esquema
Segundo informações a operação, denominada de Calouros, foi autorizada pelo juiz Roberto Veloso. Os candidatos foram retirados de dentro das salas onde aconteceu neste domingo, a segunda etapa do vestibular da UFMA.
No total, foram detidos oito candidatos que recebiam os gabaritos de outras quatro pessoas que respondiam as provas e posteriormente repassam as respostas para os demais com a ajuda de um enfermeiro.
De acordo com a Polícia Federal, todos os candidatos envolvidos no esquema tinham o mesmo número de questões com respostas corretas e erradas o que configuraria a fraude. Segundo o relatório da perícia técnica da PF a probalidade desse fato ocorrer em oito provas iguais é 55 mil vezes mais dificil do que acertar na Mega Sena.
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