SÃO LUÍS – Na noite de quinta (12), um policial militar disse, em depoimento, à Polícia Federal que as fraudes no Vestibular da Universidade Federal do Maranhão começaram há bastante tempo.
Em quatro horas de depoimento, o sargento Gilvan Leão disse à Polícia Federal que participou da fraude em troca de ajuda financeira para reformar a casa dele.
O PM admitiu ainda que esta não foi a primeira vez que ele intermediou a entrega de gabaritos no vestibular da Universidade Federal do Maranhão.
O policial fazia a segurança de um dos prédios onde as provas foram realizadas. Ele recebia as respostas pelo celular e as repassava aos candidatos que saíam das salas depois de fingirem passar mal.
As respostas eram passadas aos fraudadores por uma estudante, contratada para fazer as provas e vazar o gabarito. Os candidatos pagariam de R$ 30 mil a R$ 70 mil reais pelo gabarito.
Segunda etapa
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No último domingo, doze pessoas foram presas durante a segunda etapa do concurso.
A polícia ainda investiga o envolvimento de mais cinco pessoas.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha age há cerca de dez anos fraudando concursos públicos. Entre os fraudadores estão dois advogados, um assessor da Assembléia Legislativa e um analista do Tribunal de Contas da União que, em 1997, foi indiciado pelo mesmo tipo de crime.
"Tudo indica que essa é a mesma quadrilha que fraudou o concurso da Controladoria Geral da União, em 2004”, disse o delegado da PF, Rodrigo Koehler.
Os candidatos a uma vaga das 44 cursos da Universidade terão que fazer novamente as provas da segunda fase, mas alguns gostariam que a primeira também fosse anulada. "A polícia pegou na segunda etapa e quem nos garante que o pessoal da primeira etapa, alguns não passaram despercebidos?", indaga uma candidata Roberta de Oliveira.
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