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Em novo vestibular, estudante deve evitar erros do passado

Do G1

Atualizada em 27/03/2022 às 14h06

SÃO PAULO - Estudar um ano inteiro e no final não ver o nome na lista de aprovados é uma decepção pela qual passam vários estudantes que estão tentando vestibular. Priscila Ferreira, 19, já se viu nesta situação três vezes e diz que não desanimou. “Sei que quando eu passar, vai ser gratificante”, diz ela, que tenta vaga no curso de direito.

Neste quarto ano de tentativa, ela disse que não pretende mudar seu método de estudo, mas já decidiu que vai tentar vestibular em mais faculdades. “Da primeira vez fiz Fuvest , Mackenzie e PUC-SP. Agora vou tentar outras públicas: a federal de Santa Catarina, estadual de Londrina e estadual de Maringá”, contou. Ampliar as oportunidades também foi uma forma encontrada por Priscila para ficar mais calma na hora do processo seletivo. “Quando estiver fazendo a prova, não vou sentir a pressão de ser a única chance”, comentou.

Para professores de cursinhos e uma psicopedagoga entrevistados pelo G1, quando o estudante vai tentar vestibular novamente o mais importante é confiar em si mesmo e manter o ânimo nos estudos. “É como diz a música [Volta por cima, de Paulo Vanzolini], ‘levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Não adianta ficar se lamentando, o ideal é se organizar para recomeçar a estudar’”, diz o coordenador do curso Anglo, professor Alberto Francisco do Nascimento. “Tem gente que entra num processo que pensa que o fracasso é o caminho. O ideal é ter confiança e ficar calmo na hora da prova”, diz Maria Irene Maluf, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

Segundo os especialistas, é importante também o aluno identificar quais disciplinas foi pior no vestibular e reforçar os estudos nesses assuntos. “É bom analisar o desempenho em cada prova e dá uma atenção um pouco maior para as disciplinas que foi mal, sem esquecer as outras”, aconselha a professora de geografia do Objetivo, Vera Lúcia da Costa Antunues.

Foi o que fez Murillo Gabriel Ferreira, 18, que vai tentar o terceiro vestibular para medicina neste ano. Ele decidiu fazer aula particular de matemática, matéria que é mais fraco, e também vaia estudar inglês aos sábados. “Estudei bastante, mas não sou muito bom nessas disciplinas”, contou. “Sou persistente e não vou sossegar até passar”, acrescentou.

Veja as dicas dos especialistas:

É preciso ter autoconfiança e se sentir estimulado a estudar.

Reforce o estudo nas disciplinas que foi pior no ano passado.

Mude algo que acha que fez errado na preparação anterior.

Tente vestibular em um maior número de instituições.

Faça uma programação com horários determinados para cada disciplina.

Tire dúvidas com os professores constantemente.

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Estude aos sábados.

Descanse no domingo e tenha atividades de lazer.

Avalie se você está conseguindo memorizar e aprender bem o que é ensinado.

Se estiver com problema na aprendizagem, procure um psicólogo ou psicopedagogo.

Faça um teste vocacional se tiver dúvidas sobre a carreira que quer seguir ou habilidades para a área.

Fique calmo na hora da prova.

De acordo com os professores, o aluno tem que ser organizado e fazer um cronograma de estudos com todas as disciplinas. Segundo eles, o ideal é estudar à tarde os mesmos assuntos que foram ensinados no cursinho pela manhã.

Para os especialistas, é melhor fazer cursinho que estudar sozinho em casa, porque é uma forma de a pessoa ter disciplina na preparação para o vestibular. “Tem também os assuntos de atualidades que mudam a cada ano”, afirma a professora Vera.

É o fim do mundo?

Depois de muitos anos tentando entrar numa faculdade, muitos estudantes devem se perguntar se cursar o ensino superior é a única chance de ter uma boa vida profissional. A resposta, na maioria dos casos, é sim. Segundo a consultora de Recursos Humanos, Ana Cristina Limonge, que também é professora da Universidade de São Paulo (USP), o mercado exige curso universitário em todas as funções. “A qualificação é necessária para tudo. O mercado pede e até a legislação brasileira beneficia quem tem curso superior”, diz.

Segundo ela, o estudante não deve se prender a uma única faculdade. “Se está difícil passar na Fuvest, tenta um curso menos concorrido e depois faz mestrado, doutorado na área que realmente gosta. Ou procura fazer uma faculdade menos competida”, aconselha. “[A fama da faculdade] é importante, mas não é suficiente. Depende da área de atuação do profissional. Tem empresas que querem pessoas que fizeram uma determinada faculdade, que pode ser uma pública [famosa] ou uma privada boa naquela área”, explica.

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