Quem acompanha Nathalia Dill pelo Instagram não tem dúvida do quanto ela tem curtido a maternidade, desde que a pequena Eva, sua filha com o músico Pedro Curvello, chegou ao mundo. "Essa troca nas redes é muito interessante", diz. "As pessoas foram muito generosas comigo, se abriram, contaram suas histórias, me deram a mão."
Muito franca, a atriz não tem problemas em falar das delícias mas também das dores referentes a esse universo. Ao mesmo tempo em que se derrete para falar do cheiro de sua filha, reconhece as dificuldades do puerpério e não foge de temas delicados, como os impactos sobre a libido, na conversa a seguir.
O GLOBO - O que os quatro meses de maternidade já lhe revelaram?
NATHALIA DILL - Acho que o mais surpreendente é o amor mesmo. É muito doido estar exausta de cuidar dela e, quando ela vai dormir, a gente fica com saudade. Às vezes, sentimos o cheiro dela de longe. Quando está dormindo, eu e o Pedro sentimos o cheiro dela na memória.
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Como tem sido vivenciar isso de um jeito "compartilhado" com público, já que a sua interação na rede é bastante forte?
Foi inevitável dividir esse momento. As redes sociais já fazem parte das nossas vidas. E a pandemia elevou isso à quinta potência. Essa troca é muito interessante. Já vinha fazendo desde a gravidez, quando fiz as lives. As pessoas foram muito generosas comigo, se abriram, contaram suas histórias, me deram a mão. Acho que compartilhar também um pouco do que eu estou vivenciando é um grande agradecimento que faço a todas essas pessoas que se abriram para mim e quiseram trocar.
Mostrar ou não o rosto dos filhos sempre é uma decisão delicada para famosos, como você. O que orientou a sua escolha neste sentido?
Foi uma decisão sobre a qual refleti muito. Evitei nos primeiros dias, mas depois pensei que ela é tão maravilhosa (risos)! E acho que não ia ter jeito mesmo, não tenho muito como fugir. E os tempos são outros. Não adianta querer muito ir contra a corrente. Acho que o caminho da parcimônia é sempre o mais sábio. Então, quando senti vontade de postar o rosto dela, postei, da forma que eu achei que me fez bem. Acho que foi quando estava confortável para isso. Foi mais uma coisa de sensibilidade do que racional. Foi um pouco mais coração, sensação.
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É comum as pessoas se sentirem no direito de ensinar às mulheres como ser mãe, dando dicas ou criando regras que elas não pediram. Você passa por isso?
É uma relação muito delicada porque as mulheres ficam muito sensíveis. E todo mundo tem uma trajetória, uma crença, que acaba sendo transmitida de algum jeito. Às vezes, a pessoa pode dar uma opinião sem noção ou simplesmente expressar a opinião sem muito objetivo, mas isso já bate de outra forma na mãe que está ouvindo aquilo. O mais difícil, e acho que é o grande aprendizado que eu estou tendo, é absorver todas essas informações do jeito mais amoroso possível. A gente só se deixa levar pela opinião dos outros quando valida o que estão dizendo. Outra coisa também é tentar não exigir de mim mais do que posso dar, tentar não me pressionar, porque às vezes a gente idealiza uma coisa, que quando vê na prática não é assim. Então, é preciso ter essa paciência e amorosidade comigo mesma, sabendo que estou sendo o melhor que posso ser.
Você disse que o puerpério "não é fácil". Quais foram os principais desafios?
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Olha, vou ser sincera, um dos maiores desafios do puerpério é o sono. Para mim, você não conseguir ter um descanso completo para estar 100% no dia seguinte é muito difícil. Parece bobagem, mas quando você não está descansado, tudo começa a falhar. Tive muita dificuldade no início porque vinha da gravidez, que o corpo já estava diferente. Depois tem o parto, em que você gasta uma quantidade de energia. Já entra a amamentação, que é uma nova caminhada e que não é tão fácil assim. São mil coisas que você tem que pensar sem dormir direito... Tive uma dor de cabeça que ela permaneceu por dez dias. Uma coisa foi alimentando a outra: eu não descansava, o que me dava dor de cabeça; e a dor de cabeça não me deixava dormir. Foi virando uma bola de neve. Tomava o remédio e não passava. Só resolveu quando fez uma sessão de acupuntura que destravou o meu pescoço, porque ainda tinha travado o pescoço de tensão.
Como foi lidar com a libido após o parto? Você sentiu algum impacto nesse aspecto?
Acho que não é uma questão de a atração diminuir, mas de o casal estar focado em outras coisas, como os cuidados com o recém-nascido. Há uma adaptação a uma nova rotina.
Já tem planos para voltar aos sets? O que pode nos adiantar da agenda profissional?
Bom, na verdade, o que eu tenho são dois filmes para lançar: "Incompatível" e "Um casal inseparável". Ainda não tenho as datas de lançamento, mas já estão rodados. É muito legal porque são personagens completamente diferentes. Em "Incompatível", interpreto uma blogueira de São Paulo. E em "Um casal inseparável", vivo uma jogadora de vôlei de praia carioca. Espero que em breve eles sejam lançados e todo mundo possa ver.
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