Apaixonada por literatura, Rosanne Mulholland conta que o hábito da leitura faz parte de sua vida desde a infância. Aos 40 anos de idade e mãe de Davi, de 9 meses, da união com Marcos Veras, a atriz tem investido na escrita. Ela lançou o livro infantil Para Onde Foi Meu Coração? e está feliz com o lançamento da obra.
Em conversa com Quem, Rosanne contou que desenvolveu a história há quatro anos. "Escrevi este livro bem antes de ser mãe, mas a maternidade me motiva a escrever, sim. Leio pro Davi desde sempre. Acho muito importante contar histórias pra crianças e incentivar a leitura. Quero que Davi cresça cercado de livros", afirma.
A atriz, que passou a maior parte da gestação na quarentena motivada pela pandemia do coronavírus, está afastada da TV desde o encerramento de Malhação - Toda Forma de Amar, em que viveu a vilã Lara. Rosanne avalia que a classe artística sofre com a instabilidade do setor. "O cenário é catastrófico. Temos uma pandemia em um cenário de boicote à cultura e à ciência."
Como surgiu a chance de lançar um livro infantil?
Há alguns anos eu já pensava em ideias pra livros infantis. Escrevi Para Onde Foi Meu Coração? há quatro anos. Depois busquei uma editora pra lançar o livro. Quando encontrei, veio a pandemia, e aí atrasou um pouco o lançamento. Mas o resultado ficou bonitão.
Carrossel impulsionou o carinho das crianças por você. Ainda nota a receptividade deste público quase dez anos depois da novela ter ido ao ar?
Ah, sim. Recebo muito carinho por esse trabalho até hoje. A novela marcou a infância de muita gente e memórias da infância ocupam um lugar especial no coração.
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A maternidade também te motivou a escrever? Gosta de ler e contar historinhas ao Davi?
Escrevi este livro bem antes de ser mãe, mas a maternidade me motiva a escrever, sim. Leio pro Davi desde sempre. Acho muito importante contar histórias pra crianças e incentivar a leitura. Quero que o Davi cresça cercado de livros.
O hábito da leitura sempre esteve presente na sua vida?
Sempre. Cresci lendo muito, especialmente no início da adolescência. Lia todo tipo de história, de gibis a livros de 500 páginas, histórias românticas, aventuras e histórias reais.
Quais eram suas histórias preferidas?
Sempre fui apaixonada pelos gibis da Turma da Mônica e pelos livros do Ziraldo. Na adolescência, devorei uma série de livros da coleção "Vaga Lume", além de clássicos brasileiros. O Mundo de Sofia foi um livro que me marcou muito, Diário de Anne Frank também. Gostava ainda de Senhor dos Anéis e lembro que fiquei bastante impactada com Olga que me revelou muito sobre o tempo de ditadura no Brasil. Amei ler Musashi, uma sequência de livros sobre um grande samurai japonês.
Além do livro recém-lançado, quais seus projetos profissionais para 2021?
Ainda está sendo um ano difícil para os artistas e não sabemos quando poderemos trabalhar normalmente de novo. Estou voltada para a escrita, criando projetos, já que posso fazer isso de casa enquanto cuido do meu filhote que ainda requer muita atenção, mas estou com muita saudade dos palcos e dos sets de filmagem.
Quando a pandemia teve início, você estava no ar com Malhação, que teve a temporada reduzida por conta da inviabilidade de gravações naquele momento. De lá para cá, como avalia o cenário enfrentado pela classe artística?
O cenário é catastrófico. Temos uma pandemia em um cenário de boicote à cultura e à ciência. Me pergunto como poderia ser pior. Os artistas estão se reinventando na internet, uma mistura de teatro com audiovisual está nascendo -- o que acho interessante, mas sinto muita falta da coletividade e do evento ao vivo que é o teatro. Nossa produção audiovisual está praticamente parada. Muitos colegas passando dificuldades por não poderem trabalhar. É um momento duro. Oremos pela vacinação.
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