Pesquisa e Inovação

Brasil receberá equipamento que amplia banda larga e defesa do país

O satélite expandirá a capacidade operacional das Forças Armadas.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
O tempo de vida estimado do produto é de 18 anos. (Foto: Reprodução)

BRASÍLIA - Em março do ano que vem, o Brasil passará a integrar um seleto grupo de países que têm seu próprio satélite de comunicações. Com o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), o Brasil passa a não depender mais do aluguel de equipamentos de empresas privadas, além de poder implementar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). Amanhã (1º), em Cannes, no Sul da França, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente da Telebras, Antonio Loss, receberão o equipamento da empresa Thales Alenia Space (TAS), fabricante do satélite.

De acordo com o Ministério da Defesa, foram investidos no projeto, desenvolvido em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, cerca de R$ 2,1 bilhões. O satélite terá uma banda KA, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação PNBL, e uma banda X, que corresponde a 30% do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas. O tempo de vida estimado do produto é de 18 anos.

“Este é o primeiro satélite de grande altitude que vai significar que todas as comunicações do Brasil, em termos de defesa, mas também governamentais, além de banda larga, serão extremamente estendidas. Ficarão, pela primeira vez, sob o controle do Brasil, o que é um salto em termos tecnológicos porque vamos absorver, ter transferência de tecnologia. Representa um salto em termos de comunicação, de segurança e de defesa”, disse Jungmann à Agência Brasil.

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Segundo o Ministério da Defesa, além de ampliar e aumentar a segurança das comunicações de defesa, o satélite expandirá a capacidade operacional das Forças Armadas em operações conjuntas nas regiões de fronteira terrestre, por exemplo, em eventuais operações de resgate em alto-mar e ainda no controle do espaço aéreo.

Em nota, o Ministério da Defesa informou ainda que ao longo da fabricação do satélite mais de 50 profissionais ligados à Agência Espacial Brasileira (AEB), ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e das empresas Visiona e Telebras estiveram na sede da Thales, em Cannes e Toulouse, na França, para aprender a operar o satélite e a fazer o controle do equipamento em solo.

O lançamento do satélite, após a realização dos últimos teste de segurança, está marcado para o dia 21 de marco, em Kourou, na Guiana Francesa.

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