IMPERATRIZ – O Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz descartou, na manhã desta quinta-feira (26), a suspeita de homicídio no caso do indígena José Inácio Guajajara, de 46 anos. Ele foi encontrado morto na terça-feira (24), às margens da BR-226, na aldeia Jurema, na Terra Indígena Cana Brava, em Grajaú.
De acordo com a diretora do IML de Imperatriz, Ana Paula Milhomem, após análise pericial, foi constatado que a causa da morte de José Inácio Guajajara foi infarto. O IML de Imperatriz também informou que os ferimentos encontrados no corpo do indígena foram causados em decorrência da queda.
O caso é investigado, inicialmente, pela 15ª Delegacia Regional de Barra do Corda, a 446 km de São Luís. Ainda segundo a polícia, os depoimentos de parentes do indígena e testemunhas serão ouvidos ainda nesta quinta.
A polícia informou que as circunstâncias do crime ainda são desconhecidas, mas esclarece que, caso as motivações do eventual homicídio sejam relacionadas aos direitos indígenas, as investigações serão feitas pela Polícia Federal (PF).
Violações de direitos
No início desta semana, representantes da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA foram à terra indígena Araribóia ouvir os relatos de 47 caciques de 109 aldeias. Durante as conversas, foram identificados diversos tipos de violações que podem causar a destruição da vivência ancestral, segundo a Comissão.
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Por meio de nota, a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) informou que existe um programa em conjunto com a Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros para reforçar a proteção aos indígenas. Leia na íntegra:
"A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) informa que a proteção dos indígenas e a titularização dos territórios são de competência da atuação direta do Governo Federal.
Contudo, o Governo do Maranhão promove ações e programas que têm por objetivo a garantia da segurança dentro dos territórios e a permanência dessas comunidades, tais como a Força-Tarefa de Proteção à Vida Indígena, um programa em conjunto com a Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros para reforçar a proteção aos indígenas.
Outra ação é o programa de proteção Defensores, que garante a vida, integridade e possibilidade de lutar pelo território com segurança a dezenas de lideranças indígenas e seus familiares".
Indígenas baleados
No início deste mês, dois indígenas, identificados como Benedito Gregório Soares Guajajara, de 19 anos, e Juninho Guajajara, de 17 anos, foram baleados nas imediações da Aldeia Maranuí, em Santa Luzia, próximo ao município de Arame. Os dois seguem internados em estado grave.
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