Luto

Morre Tadeu de Obatalá, do Bloco Akomabu, aos 60 anos, em São Luís

Tadeu era uma das maiores referências da música popular maranhense e estava no Bloco Akomabu desde 1987.

Imirante.com

Atualizada em 06/05/2024 às 08h09
De acordo com os familiares do cantor, Tadeu infartou em casa, por volta de 1h da madrugada.
De acordo com os familiares do cantor, Tadeu infartou em casa, por volta de 1h da madrugada. (Foto: Afonso Barros)

SÃO LUÍS - Morreu, na madrugada desta segunda-feira (6), aos 60 anos, o cantor e compositor Antônio Tadeu Tavares, mais conhecido como Tadeu de Obatalá, do Bloco Afro Akomabu e também integrante da Banda Guetos. Segundo informações da família do músico, a causa da morte foi um infarto.

Tadeu infartou em casa, por volta de 1h. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e constatou o óbito do músico.

Tadeu de Obatalá, uma das maiores referências da música popular maranhense, estava no Bloco Akomabu desde 1987. O grupo completou 40 anos em março deste ano.

O velório do músico está previsto para acontecer na Pax União, no Rua Oswaldo Cruz, no Centro de São Luís, a partir das 14h.

Bloco Akomabu

O Bloco Afro Akomabu foi criado em 3 de março de 1984, como mais um instrumento de luta do Centro de Cultura Negra do Maranhão no combate a discriminação racial por meio da preservação e valorização da riqueza cultural do povo negro.

O bloco saiu pelas ruas de São Luís pela primeira vez com 60 pessoas que eram militantes do CCN e os freqüentadores de terreiros de Mina (em dialeto Jeje-nagô) e algumas músicas e algumas músicas do Bloco Afro Ilê Aiyê, da Bahia. Com um ritmo contagiante do afoxé-mina, envolve toda a população da ilha, seduzindo negros (as) e não negros (as) para um despertar da consciência racial, mostrando toda a sua beleza.

Akomabu, em língua Fon, significa "a cultura não deve morrer" e o bloco afro Akomabu é a presença viva e pulsante da cultura negra do Maranhão. Já não é mais um   bloco formado só por negros, mas de todas as pessoas que se identificam com a luta e os ritmos trazidos para o Brasil pelos africanos.

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