SÃO LUÍS - Aos nove anos de idade, Geovana Dias, hoje com 12 anos de idade, foi diagnosticada com disceratose congênita, que afetou seus tecidos e causou os sintomas de atrofia das unhas e manchas na pele. Em decorrência da disceratose, ela tem a aplasia medular óssea, que consiste na não produção das células sanguíneas, tendo tonturas e sangramentos espontâneos e necessitando de transfusões de sangue para sobreviver.
O risco de hemorragia é alto e o portador acaba ficando com baixa imunização no corpo, tornado-se uma pessoa sensível a fatores externos, além de o organismo ser fadigado. Apenas o transplante de medula pode salvar Geovana, que mora em Três Lagoas (MS). E, depois que provou-se que a mãe e o irmão não eram compatíveis, iniciou-se uma busca pela família paterna de Geovana.
Porém, Neide, a mãe da menina, não tem notícias do pai de Geovana há anos. O que se sabe é que o pai, que se chamava Geovane, dizia ser do Maranhão. Ele tinha pele, olhos e cabelos claros, estatura baixa, magro, tinha na época em torno de 24 anos e trabalhou em terraplanagem, por isso, já houve tentativas de localização por meio de empresas.
Do diagnóstico ao tratamento exaustivo
Aos seis anos de idade, a menina apresentou os primeiros sintomas como atrofia das unhas e manchas na pele. Três anos depois, após ser consultada por vários centros médicos recebeu o diagnóstico da doença na cidade de São José do Rio Preto, quando então foi encaminhada para a cidade Ribeirão Preto que é onde ela é acompanhada até hoje.
Geovana é levada com frequência para Ribeirão Preto (SP), porém, em razão da pandemia e a condição frágil de saúde, ela tem realizado o acompanhamento apenas em Três Lagoas, onde é internada com frequência para fazer as transfusões de sangue, uma vez que seu organismo não produz mais as células sanguíneas.
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Nesta quarta-feira (26), Geovana está hospitalizada, porque começou a sentir-se muito mal, característica comum de quando seus níveis sanguíneos já estão muito baixos, então passará a receber novas transfusões esta semana.
Busca por doador
Por meio de redes sociais, o perfil criado para contar a história e ilustrar com fotos e vídeos a luta de Geovana tem sido utilizado também como forma de procura por um doador de medula óssea que possa salvar a vida da menina. O pai ou parente paterno seria o doador ideal.
“A Geovana precisa apenas de um doador, acreditamos que algum familiar da família paterna possa ser compatível, mas não, necessariamente, o pai, estamos sendo assistidos por especialistas”, informou, por e-mail, a assessoria jurídica que cuida do caso da Geovana. “Nossos esforços estão sendo despendidos, igualmente, para melhorar as chances da Geovana a inserindo no Banco Mundial de Medula Óssea, além de estarmos solicitando à população para que doe medula, é um gesto simples, que pode salvar a vida de muitas pessoas que estão em situação igual a da Geovana”, completa.
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