O problema do transporte público é culpa do prefeito! Se existe “máfia”, foi ele quem alimentou!

O prefeito Eduardo Braide tenta se esquivar da responsabilidade pelo caos no transporte público de São Luís. Promete novas licitações, sugere o uso de Uber como solução e até acusa uma suposta “máfia” no setor. Mas, se essa “máfia” realmente existe, foi a própria gestão que permitiu que ela crescesse.

O mais decepcionante é ver parte da população aceitando essas desculpas sem questionar. Como o prefeito só descobriu essa “máfia” agora, depois de quatro anos no cargo?

Primeiro, ele apostou que a Câmara de Vereadores atrasaria a aprovação do projeto. Depois, lançou a promessa de “Uber para todos” no mesmo dia. Não cumpriu. Agora, promete de novo!

A prefeitura não consegue nem garantir transporte para seus próprios funcionários — vários órgãos municipais estão sofrendo com a falta de veículos. Como, então, pretende oferecer transporte de aplicativo para meio milhão de pessoas?

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Anunciar uma nova licitação como solução não passa de jogo de cena. Nenhuma empresa no Brasil tem frota pronta para assumir um sistema de transporte público de uma hora para outra. Mesmo uma licitação emergencial pode levar meses!

Agora, imagine se prefeitos começassem a dizer que o problema da saúde são os médicos, só porque muitos trabalham como pessoa jurídica. Nos hospitais municipais, como os Socorrões de São Luís, os médicos são pagos como empresas porque o município não tem servidores suficientes. Isso também seria uma “máfia”? A culpa pelo caos na saúde seria dos médicos ou da gestão pública?

No transporte, a lógica é a mesma: as empresas de ônibus recebem dinheiro da prefeitura, ou seja, da população. Agora, esse mesmo dinheiro será usado para pagar Ubers, numa queda de braço contra o que o prefeito chama de “máfia”. Mas, se essa “máfia” realmente existe, quem a alimentou foram os próprios prefeitos — inclusive o atual.

Usar redes sociais para fugir da responsabilidade é ainda pior do que só agora “descobrir” essa suposta máfia. A gestão do transporte público é, exclusivamente, dever do prefeito.

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