
BNDES e a Luta pelo Saneamento Público: Saber Contra Quem Lutamos é Essencial, Diga não a privatização da água, março é mês das águas
O saneamento básico é um direito fundamental, mas tem sido tratado como mercadoria em um jogo de interesses que ameaça a universalização do acesso à água e ao esgotamento sanitário.
O saneamento básico é um direito fundamental, mas tem sido tratado como mercadoria em um jogo de interesses que ameaça a universalização do acesso à água e ao esgotamento sanitário. O BNDES, criado em 1952 para impulsionar o desenvolvimento do Brasil, deveria ser um aliado do fortalecimento das empresas públicas, garantindo investimentos na modernização e ampliação dos serviços. No entanto, é essencial entender que o BNDES não atua de forma independente: ele segue diretrizes do governo federal em seus planejamentos de médio e longo prazo e apenas assegura os recursos financeiros para os investimentos. A decisão de privatizar não é do banco, mas sim de prefeitos e governadores, muitas vezes com o apoio de parlamentares nos municípios, nos estados e no Congresso Nacional.
O ditado chinês nos ensina: “Quem não sabe contra quem luta, não pode vencer”. Se queremos defender o saneamento público, precisamos identificar claramente quais forças atuam contra esse objetivo. O verdadeiro ataque ao saneamento público vem de gestores que optam pela privatização e de parlamentares que dão suporte a essa agenda, muitas vezes ignorando os impactos negativos já comprovados em diversas localidades. A desinformação e a narrativa de que apenas a privatização pode melhorar os serviços escondem a realidade: onde houve privatização, as tarifas subiram e a qualidade nem sempre acompanhou o aumento dos custos para a população.
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A batalha pela água e pelo saneamento público não será vencida apenas no campo técnico ou jurídico. Sem mobilizar a sociedade, seremos derrotados. A opinião pública precisa compreender que água não é mercadoria e que saneamento básico não pode ser tratado como um negócio voltado apenas ao lucro. Se não conquistarmos o apoio popular, não conseguiremos reverter esse processo de desmonte dos serviços públicos essenciais.
Portanto, nossa luta deve ter um foco claro: pressionar os verdadeiros responsáveis pelas privatizações – prefeitos, governadores e os parlamentares que apoiam essa agenda. O BNDES pode ser um instrumento para financiar projetos públicos, mas é o poder político que decide para onde vão os investimentos e quem irá operar os serviços. A mobilização do dia 20 de março em Brasília é fundamental, pois somente com unidade e luta poderemos garantir um serviço acessível e de qualidade para todos os brasileiros. Por outro, lado precisamos de mobilização social para reverter as privatizações do saneamento básico e evitar novos processos.
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