Reunião com presidente do STF teve Brandão, Iracema e Weverton
Além deles, o procurador geral do Estado, Valdênio Caminha, também participou; agenda foi organizada pelo senador pedetista.
SÃO LUÍS - O governador Carlos Brandão (sem partido) decidiu ir a Brasília e “expor” o que considera ações políticas dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o seu governo. Para isso, conseguiu agenda com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Ele estava acompanhado do procurador geral do Estado, Valdênio Caminha, da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), e com o senador Weverton Rocha (PDT).
Inicialmente, os palacianos não queriam a divulgação da reunião. No entanto, esqueceram que é protocolar a divulgação da agenda oficial do presidente do STF no site do tribunal.
Mas o que Carlos Brandão foi conversar com o ministro Barroso? Já que em via de regra, agenda entre autoridades de poderes diferentes tem que ser de interesse público e, no caso de um governador, interesse do Estado.
O governador maranhense junto com o procurador geral e a presidente da Assembleia foram conversar sobre as Ações Diretas de Inscontitucionalidade (Adins) relacionadas às vagas do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Como na segunda Adin, a vaga é de indicação do Poder Executivo, Brandão participou.
A questão principal é o tempo da tramitação das ações. Reclamaram da quantidade de diligências e pedidos de manifestação. “Protelação clara!”, disse um dos participantes da reunião para Barroso.
Mas a conversa acabou não reduzida a questão do TCE. A denúncia de entrada indevida no sistema do governo do estado supostamente feita por um funcionário do gabinete do ministro Flávio Dino também foi tratado.
A suspensão do julgamento, que estava 8 a zero no STF, da Adin do caso da presidência da Assembleia Legislativa entrou na pauta da reunião.
O histórico político do grupo governista desde 2022 também foi exposto para o presidente do STF.
No fim de tudo, os presentes garantem que Luís Barroso se demonstrou preocupado com o que os palacianos classificam de “interferência política do Supremo no Maranhão”.
Já para membros da oposição, Brandão está em desespero e, por isso, foi para uma "atitude insana" de fazer “fofoca sem fundamento" ao presidente do STF.
Mais algo os palacianos e oposição concordam: a corda esticou demais e há sucessivos erros dos dois lados". Resta saber quais serão os efeitos colaterais políticos e de postura de agentes públicos depois que essa guerra chegar ao fim.
Articulador
O principal articulador da reunião dos palacianos com o presidente do STF foi o senador Weverton Rocha. Ele conseguiu a agenda.
Rocha tem bom trânsito em Brasília nos três poderes. Tanto que a presidente Iracema Vale costuma depositar na conta do pedetista o avanço no julgamento do caso relacionado a eleição para Presidência da Assembleia Legislativa.
Weverton não queria que sua participação fosse exposta, mas acabou vazando que ele participou de toda a reunião.
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