Anatomia, saúde sexual e relações interpessoais
Confira a coluna desta semana da sexóloga e educadora sexual Monica Moura.
Educação sexual nas escolas não vai ensinar as crianças a fazer sexo! Não é sobre isso! Educar sobre anatomia, saúde sexual e relações interpessoais, sim. Quem tem conhecimento tem poder de decisão. E o poder de decisão protege.
Levar o tema educação sexual para as escolas públicas é de extrema relevância, sim, especialmente porque se trata de uma oportunidade de contribuir para o desenvolvimento saudável e informado dos estudantes. Mas não deve ser feita de qualquer jeito e a qualquer custo. Ao abordar essa questão, é fundamental destacar a importância de um profissional capacitado para fornecer informações precisas e abrangentes sobre anatomia, saúde sexual e relações interpessoais.
A necessidade de uma educação sexual clara e objetiva reside na promoção de um entendimento saudável e respeitoso das questões sexuais. Ao oferecer informações precisas sobre anatomia, por exemplo, os estudantes têm a oportunidade de compreender o funcionamento do corpo humano, contribuindo para uma visão mais positiva e desmistificada do próprio corpo e do corpo do outro. Entender sobre anatomia é reconhecer as partes íntimas, uma forma de compreender onde pode e onde não pode ser tocado.
E antes que você se questione, esclareço que essa educação vai além do conhecimento técnico; é a partir dela também que cultivamos atitudes respeitosas e consensuais em relação à sexualidade. Ao focar nas relações interpessoais, os alunos são capacitados a compreender a importância do respeito mútuo, do consentimento e da comunicação eficaz em contextos sexuais e afetivos. Aqui iniciamos a proteção contra a violência sexual.
É imperativo salientar que uma abordagem clara e objetiva na educação sexual busca evitar equívocos, mitos e estigmas associados ao tema. A informação correta e acessível desempenha um papel crucial na prevenção de comportamentos de risco, gravidezes indesejadas e doenças sexualmente transmissíveis.
É essencial respeitar as diferentes perspectivas culturais, também. Adotar uma abordagem inclusiva e sensível à diversidade cultural contribui para a aceitação e compreensão das diversas visões sobre sexualidade, garantindo que a educação seja relevante e respeitosa para todos os estudantes, independentemente de sua origem.
Focar nos benefícios para a saúde e bem-estar é uma maneira eficaz de comunicar a importância da educação sexual. Ao fornecer informações precisas, as escolas contribuem para a formação de indivíduos responsáveis e conscientes dos seus atos, capacitados a tomar decisões conscientes sobre sua saúde sexual e relacionamentos.
Capacitar o indivíduo a compreender, respeitar e cuidar de sua própria saúde sexual e a respeitar a diversidade de experiências e perspectivas culturais - isso também é proteger. Essa abordagem contribui não apenas para a formação de indivíduos responsáveis, mas também para o desenvolvimento de uma sociedade mais saudável e informada.
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