Despertando Consciência: (Uma Jornada pela Educação Sexual)
Sexo com Nexo por Mônica Moura, sexologia clínica e Educação sexual.
Em um almoço na casa da minha tia, entre sons de passarinhos, latido de cachorro e muitas vozes humanas simultâneas, Mariana, minha sobrinha de 10 anos, ouvindo atentamente o que eu falava sobre um novo projeto, fez um pedido muito carinhoso. "Tia Mônica, a senhora pode ir na minha escola dar uma palestra, por favor?!". Todos silenciaram, menos ela. "É que eu falei pras minhas amigas da senhora e posso até falar com a diretora se a senhora quiser". Acreditem, caros leitores: foi ela que organizou tudo e fez esse momento acontecer.
Recentemente eu fui lá desmistificar os conceitos, promover o respeito e fornecer informações fundamentais para o desenvolvimento saudável daquelas crianças.
O objetivo da palestra é criar um espaço seguro para que os alunos compreendam as mudanças naturais em seus corpos, entendam a importância do respeito mútuo e cultivem uma mentalidade de responsabilidade pessoal. Sim, são crianças de 10 anos de idade.
Um dos aspectos notáveis foi a participação ativa deles através da caixa de perguntas secretas. Bilhetinhos sem identificação, cheios de perguntas cruas e diretas, com a segurança do anonimato garantido.
Eram dúvidas sobre as diferenças entre meninos e meninas, mudanças no corpo, como nascem os bebês, afetos, paixões e amor. Relacionamentos saudáveis e abusivos também entraram na pauta.
Os alunos foram incentivados a compreender que cada pessoa é única, e que respeitar as diferenças é crucial para construir relacionamentos saudáveis. Discussões sobre privacidade e consentimento foram introduzidas de maneira apropriada para a idade, destacando a importância de respeitar os limites dos outros e se comunicar de maneira clara e assertiva.
Além disso, reforcei a necessidade de uma comunicação aberta entre os alunos e seus responsáveis. Fornecer informações sobre as mudanças corporais em casa é uma forma de construir confiança e preparar os alunos para as diferentes fases do desenvolvimento. Utilizando linguagem simples e apropriada para a idade, pude transmitir informações sem constranger ou confundir os alunos. O ambiente de aprendizado foi acolhedor. O feedback no olhar da Mariana ao final foi impagável.
Os benefícios desse encontro não se limitaram ao conhecimento técnico. O convite da Mariana possibilitou que os seus amigos se sentissem mais confiantes em relação ao próprio corpo e às mudanças que estavam experimentando.
A palestra foi um passo importante, mas a continuidade desse diálogo ao longo dos anos escolares é vital para garantir uma compreensão abrangente e saudável do desenvolvimento sexual. É essencial também pedir ajuda ao sexólogo sobre como manter esses diálogos em casa. Os responsáveis podem adquirir conhecimentos e habilidades específicas para navegar na complexidade do tema. Promover relações respeitosas e conscientizar os pequenos sobre sua própria saúde e segurança é pra ontem.
Pode contar comigo!
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