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Entre câmeras e playlists, vive Bruna Castelo Branco, jornalista cultural e diretora de TV que respira entretenimento. Fala (com paixão e um pouco de drama) sobre filmes, séries e mús
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Liniker, Caju e a vontade de viver um amor intenso

São Luís recebe neste sábado o aclamado show Caju, de Liniker

Bruna Castelo Branco

Atualizada em 19/08/2025 às 17h39
Liniker apresenta Caju (Foto: Divulgação/Larissa Kreili)
Liniker apresenta Caju (Foto: Divulgação/Larissa Kreili)

Neste sábado, São Luís recebe o show da Liniker, na Arena Dux e, claro, que, como todo mundo, eu sou muito fã de Caju e só de ouvir qualquer música eu já me sinto pronta para viver um amor que corra atrás de mim no aeroporto. Só que se for imensa para a pessoa… Sinto muito.

Caju é um álbum de amor, não de um amor superficial, mas de algo profundo, de quem entendeu que o amor sai da gente e emerge em todo o nosso ser e em nossas relações. Eu só consigo me prender a como as letras me tocam. Sem falar, na sonoridade do álbum, onde a música brasileira aparece em sua potência plural: tem samba, tem funk, tem bossa e tem groove. Ela faz da mistura um gesto político e afetivo, provando que nossa música cabe em muitos lugares ao mesmo tempo.

Mas há tantos outros elementos que compõem essa obra grandiosa. Caju não é só um disco, é também um manifesto estético e político. É sobre afirmar existências, dar espaço à beleza que vem da negritude, da comunidade LGBTQIA+ e da arte feita com coragem. É um trabalho que emociona, mas também inspira.

A obra de Liniker me acompanha há muito tempo. Vi um show na praça com meu ex-marido e, sim, estava apaixonadinha cantando “Deixa eu bagunçar você” para ele. Mas quando esse relacionamento acabou, “coube tudo na malinha de mão do meu coração”.

E talvez seja isso que Caju mais desperta: a chance de encontrar Liniker em outros olhos, em outros afetos e em um coração mais inteiro. Porque esse álbum não é só para ouvir, é um lugar onde a gente se reconhece, se cura e se reapaixona. E, no fim, ele nos lembra que a vontade de viver um amor intenso já é, por si só, uma forma bonita de existir.


 


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