Reggae do Maranhão representado no The Town
A convite de Iza, Célia Sampaio mostrou a força ancestral do seu trabalho autoral e elogiada pela cantora carioca como a dama do reggae maranhens, primeira artista negra do Brasil a gravar um disco genuínamente no gênero jamaicano
A música produzida no Maranhão é ancestral, afro-diaspórica, literalmente preta: São muitos nomes e discos a serem citados feitos "divisores de águas" no contexto: Bandeira de Aço, Papete, Chico Maranhão, Giordano Mochel, Glad Azevedo, Chico Saldanha, Josias Sobrinho, João do Vale, César Teixeira, Beto Ehong, Sérgio Habibe, Rita Benneditto, Zeca Baleiro, Tião Carvalho, Antonio Vieira, Patativa, Ubiratan Souza, César Nascimento, Alcione, e por aí vai.
Quando vejo em 2025, Emanuelle Paz, Josias Sobrinho, contemplados com o Prêmio Amazônia de Música, Núbia brilhando nacionalmente com seu nome estampado no palco principal do Afropunk-Bahia, em novembro, em Salvador, e ver a nossa dama do reggae Célia Sampaio entregando muitíssimo bem num dueto com Iza, no palco Skyline, do The Town, um dos maiores festivais de música do mundo, realizado em São Paulo, (que tive o privilégio de ver de perto toda a estrutura, proposta musical coerente, contextualizada com o ontem e o hoje), reflito e digo: sim, nós aqui em São Luís devemos acreditar mais nos artistas locais, oferecendo espaços com mais potência, reconhecimento com protagonismo nos rádios e palcos da Ilha.
Sejamos cosmopolitas, mas a partir do nosso território, das nossas origens e riquezas ancestrais. Isso ajuda a fortalecer e oxigenar a nossa identidade cultural. Agindo assim deixamos as BOLHAS nos tornamos POP. Este é o segredo estabelecido em uma nova ordem da INDÚSTRIA CULTURAL.
Saiba que a arte contribui para a formação de opinião, inclusão social, fomento da economia, turismo, educação e para a mudança de visão das pessoas sobre o mundo.
Ah, por que valorizar os artistas locais ? Eles são os responsáveis por dar vida a expressão à cultura local, mantendo viva as tradições e a história do território no qual estamos inseridos.
Em resumo, acreditar nos artistas locais é investir na riqueza da nossa própria cultura e no futuro de nossa cidade e de nosso povo. Simples como dois mais dois são quatro.
A cultura está por todos os lugares, assim como todos os lugares fazem a cultura. É visceral por ser oportuno. VIVA A MÚSICA PRODUZIDA NO MARANHÃO! VIVA A CULTURA POPULAR DO MARANHÃO! VIVA A ARTE PRODUZIDA NO MARANHÃO! ASSIM SEJA ! PALAVRA DA SALVAÇÃO!!
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