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COLUNA
Pedro Sobrinho
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Reggae Maranhense

Célia Sampaio marca presença no Festival Psica no Pará

O festival ocorrerá entre os dias 12 e 14 de dezembro, no estádio Mangueirão, em Belém (PA). A dama do reggae maranhense subiu ao palco do The Town 2025 ao lado da cantora Iza, para interpretar Mama África e Black Power

Pedro Sobrinho / Jornalista

Atualizada em 18/09/2025 às 21h13

A artista que cantou “Mama África”, ”Black Power" e subiu ao palco do The Town 2025 ao lado da cantora Iza, é frequentemente chamada de a “Dama do Reggae” brasileiro, e mantém atuação forte em movimentos culturais negros no Maranhão, motivos esses mais do que suficientes para torná-la uma das principais atrações do Festival Psica 2025, que ocorrerá entre os dias 12 e 14 de dezembro, no Estádio do Mangueirão em Belém, no Pará.

Célia Sampaio: a dama do reggae maranhense no Festival Psica 2025, no Pará. Foto: Divulgação
Célia Sampaio: a dama do reggae maranhense no Festival Psica 2025, no Pará. Foto: Divulgação

Nascida em São Luís (MA) em 1964, Célia Sampaio é uma cantora, compositora e ativista cultural reconhecida como uma das maiores referências femininas do gênero no país. Ao longo da carreira fez parcerias com nomes importantes da música popular brasileira como Alcione, Chico César, Zeca Baleiro e Leci Brandão, e mantém atuação forte em movimentos culturais negros no Maranhão.

Célia foi a primeira mulher a gravar um álbum de reggae no país, e além da música, mantém práticas artísticas/craft (costura ligada a elementos africanos) junto de rituais de matriz africana em suas apresentações, carregando em sua obra a força da resistência negra. Um dos maiores marcos de sua carreira é o álbum Diferente (2000), onde consolidou sua carreira solo e apresentou a faixa “Black Power”, uma canção que a tornou um fenômeno musical. Esse ano, a artista lançou o EP Eparrey (2025), em homenagem à orixá Iansã, simbolizando ancestralidade, feminino, espiritualidade, e resistência por meio da mistura de reggae com influências afro-brasileiras.

Carreira e Trajetória

Iniciou sua carreira musical na década de 1980, integrando a banda Guethos, uma das pioneiras do reggae nacional e conquistou o título de “Dama do Reggae” por sua significativa contribuição ao gênero, trajetória essa que foi representada no documentário “Ginga Reggae na Jamaica Brasileira” (2024), dirigido por Naýra Albuquerque, onde reforça o seu papel de pesquisadora e guardiã da história do reggae no Maranhão, não só como cantora, mas como memória viva.

Sua trajetória musical é carregada pelos movimentos afro/carnavalescos locais (exemplo disso,é sua participação no primeiro bloco afro do estado, Akomabu). Formada também em enfermagem e atuante direta como artesã, em 2020 foi indicada ao Prêmio Grão de Música e segue influenciando a cena musical com sua voz marcante e o compromisso com a valorização da cultura afro-brasileira, mantendo-se ativa em apresentações e na produção de novos trabalhos.

Para Aquecer os Ouvidos

Além das clássicas “Black Power” e “Ayabá Rainha”, entre os vários destaques da sua carreira, em 2021, lançou uma parceria com Luiz Fernando Linhares, denominada “Pegada Negra”, onde mostra seu reggae mais contemporâneo e com uma produção mais atual.

“Azul Beleza” e “Dama Black” são músicas bastante representativas de Célia, fazendo parte da sua seleção musical mais conhecida. Seu primeiro álbum solo, Diferente, inclui composições de renomados artistas maranhenses como Zé Lopes, Paulinho Akomabu, Alê Muniz e Mano Borges. O disco lhe rendeu o Prêmio Universidade FM, um dos mais importantes da música maranhense.

Recentemente, Célia Sampaio tem se dedicado a projetos que celebram o feminino e a cultura afro-brasileira. Em março de 2023, apresentou o show “Ela” no Centro Cultural Vale Maranhão, interpretando a canção homônima baseada em poema de Maria Firmina dos Reis, musicado por Socorro Lira. Em novembro do mesmo ano, realizou um espetáculo no Reviver Hostel ao lado de Flávia Bittencourt e Socorro Lira, promovendo um encontro musical feminino único.

Com presença de palco magnética e interpretação intensa, Célia emociona e mobiliza plateias ao lado de sua banda. Seu show combina força e delicadeza, apresentando uma artista que traduz em música a potência da mulher negra no Brasil. No Psica, Célia Sampaio entrega um espetáculo de energia e mensagem, conectando o público a uma experiência de raiz, afeto e resistência e trazendo ao palco seu EP Eparrey.

Serviço

Festival Psica 2025 – O Retorno da Dourada

Onde: Cidade Velha – Belém (PA)

Quando: 12, 13 e 14 de dezembro de 2025

Ingressos: Passaportes a partir de R$ 125 (meia) disponíveis na [Ingresse] / Gratuidade: Lista TransFree e PCD's

Redes: @festivalpsica / Site Oficial
 


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